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ICNF já limpou 327 hectares de mimosas no Parque Nacional da Peneda-Gerês

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TÓPICOS

O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) interveio, entre 1990 e 2017, com acções de controlo, em 327 hectares de área florestal contaminados com mimosas (Acaeia dealbata) e outras espécies invasoras no Parque Nacional da Peneda·Gerês (PNPG). As mimosas ocupam, actualmente, cerca de 373,51 hectares na Mata Nacional do Gerês.

Para além desta espécie, estão presentes as invasoras Acaeia melanoxilon e a Hakea sericea, que aparecem distribuídas em pequenos núcleos.

Em resposta a uma pergunta da deputada Carla Cruz, do PCP, o Ministro do Ambiente, Matos Fernandes, adiantou que, no período entre 1990 e 2013, o controlo de invasoras ocorreu em cerca de 300 ha, através de projetos co-financiados pelo Programa Operacional do Ambiente, pelo Programa LIFE e pelo Programa de Cooperação Transfronteiriça Portugal-Espanha.

Refere que, de 2013 a 2017, tem sido feito controlo de núcleos isolados pela equipa de vigilantes da natureza e assistentes operacionais do Gerês, na zona de Albergaria e Palheiros, estando já controlados 31 núcleos.

Está actualmente em execução também o controlo de manchas, numa área com cerca de 27 hectares, ao abrigo da prevenção de incêndios florestais e da recuperação de habitats no Parque Nacional.

O Ministério salienta que «a Acaeia dealbata foi usada no início do século XX para estabilizar taludes e era então considerada como uma espécie tendencialmente benéfica para a fertilidade do solo».

Esta espécie veio, contudo, a manifestar um comportamento invasor muito agressivo, demonstrando capacidades de adaptação e propagação notáveis, dominando o coberto vegetal autóctone na totalidade, aniquilando a biodiversidade outrora existente.

Acrescenta que, «após o incêndio ocorrido na margem direita do Rio Gerês em 1989, em que arderam 1600 ha, verifica-se atualmente uma ocupação superior a 30% da área com Acaeia dealbata».

E acentua: «Esta espécie apresenta uma forte ameaça aos habitats invadidos, na medida em que o seu comportamento constitui fator limitativo à recuperação dos habitats naturais na sua forma original».

O comportamento agressivo – alta taxa de propagação seminal e vegetativa, rápido crescimento, resistência ao corte, elevada produção seminal, persistência da capacidade germinativa das sementes por períodos superiores a 50 anos, produção de substância alelopaticas e constituição de povoamentos puros com densidades superiores a 100.000 plantas por hectare – fez com que esta espécie ocupe agora uma área expressiva na Mata Nacional do Gerês: ocupa cerca de 373,51 há.

Respondendo a outra questão da parlamentar sobre «a avaliação do risco de queda de árvores na Mata Nacional do Gerês e nos baldios em co-gestão com o ICNF», o governante diz que a avaliação é efetuada pelos técnicos do ICNF responsáveis pela gestão florestal dessas áreas.

No PNPG existem milhares de hectares de árvores que são continuamente monitorizadas.

Afirma, ainda, que são 133 os trabalhadores que exercem funções de forma mais dedicada na área do PNPG, distribuídos da seguinte forma: 78 Assistentes Operacionais (50 dos quais recrutados através do projecto 11, previsto na Resolução do Conselho de Ministros nº 83/2016 e, como tal, com dedicação exclusiva ao PNPG), 14 Vigilantes da Natureza, 22 Técnicos superiores e 19 Assistentes técnicos.

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