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Iniciativa Liberal de Braga quer renúncia de Goreti Machado à administração da BragaHabit

A Iniciativa Liberal (IL) de Braga defendeu, esta terça-feira, que Goreti Machado deve renunciar ao cargo de vogal do Conselho de Administração da BragaHabit, depois de ter sido acusada de prevaricação num processo que se prende com as funções de presidente da Junta de Nogueira, Fraião e Lamaçães.

“Mesmo não exercendo um cargo executivo, a IL entende que Goreti Machado não reúne condições para permanecer no lugar de vogal no Conselho de Administração”, considera o partido em comunicado.

Para a Iniciativa Liberal de Braga, “o exercício de cargos políticos deve estar acima de qualquer suspeita”.

Em causa está o facto de, tal como noticiámos, a antiga presidente da Junta da União de Freguesias de Nogueira, Fraião e Lamaçães, em Braga, ter sido acusada de prevaricação, tal como o antigo tesoureiro do mesmo executivo, João Marques.

No processo, há ainda mais dois arguidos, empresários, um deles genro de Goreti Machado.

“O Ministério Público considerou indiciado que, pelo menos a partir de Outubro de 2013, a arguida presidente e o arguido tesoureiro, visando beneficiar economicamente os outros dois arguidos, endereçaram-lhes convites a contratar tendo em vista o fornecimento de bens e serviços à autarquia, o que fizeram sem observância de qualquer procedimento estipulado”, refere o MP.

A acusação diz que os arguidos autarcas se limitaram a contratar “verbalmente, sem qualquer formalização, sequer posterior, nem submissão à apreciação do executivo da Junta de Freguesia ou da Assembleia de Freguesia”.

Ainda segundo a acusação, na sequência daquela conduta a um dos arguidos empresários foram pagos 144.617 euros entre 2013 e 2019 e a outro quase 37 mil euros entre 2013 e 2016.

“CONSCIÊNCIA TRANQUILA”

Contactada pela Lusa, Goreti Machado manifestou-se de “consciência completamente tranquila”, assegurando que nunca beneficiou ninguém em prejuízo da União de Freguesias.

Goreti Machado disse ainda que não era ela que fazia as encomendas, sublinhando que a autarquia tinha um funcionário a quem competia “ver no mercado onde se podia comprar mais barato”.

Admitiu que nem sempre os procedimentos formais eram seguidos, mas garantiu que todas as aquisições eram aprovadas pela Junta de Freguesia e, quando os montantes a isso obrigavam, pela Assembleia.

“Havia necessidades, contratava-se alguém para fazer o serviço. É verdade que nem sempre os procedimentos formais foram cumpridos, mas nenhuma das Juntas fazia isso”, acrescentou.

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