É com confiança que as instituições do sector social e solidário de Braga encaram os desafios lançados pelos programas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), mesmo com a entrada em cena da guerra na Ucrânia e do aumento do custo de vida. Este é a convicção do presidente da União Distrital das Instituições Particulares de Solidariedade Social (UDIPSS) do distrito.
Falando ao PressMinho/OAmarense à margem da sessão de esclarecimento sobre os novos programas para o sector no âmbito do PRR, que decorreu esta sexta-feira no Altice Forum Braga, o cónego Roberto Mariz reconhece que a guerra na Ucrânia e a inflação têm “grande peso” para a sustentabilidade das instituições, até porque os valores envolvidos nos apoios e candidaturas ao Plano foram calculados antes destas “variantes” entrarem na equação.
“Estas variáveis vieram criar algumas dificuldades pelo que temos sensibilizado a tutela para que seja feito algo que, de algum modo, faça frente a esta nova realidade”, disse, frisando que o custo padrão definido em sede do PRR “aumentou bastante enquanto os valores de referência se mantiveram”.
Roberto Mariz adianta que as IPSS’s esperaram que “um melhoramento do valor padrão, atendendo ao facto real do aumento dos custos”, mostrando-se convencido que este processo “vai correr bem”.
A sessão, que contou com as presenças de Catarina Marcelino, vice-presidente do conselho directivo do Instituto da Solidariedade Social (ISS) Cristina Rodrigues, directora da Unidade de Apoio a Programas do ISS, e do director do Centro Distrital de Braga do Instituto da Segurança Social, João Ferreira, pretendeu não só apresentar os programas do PRR, mas também responder a questões práticas levantadas pelas dezenas de representantes de instituições do sector social.
Concordando que o PRR “é uma oportunidade a não perder”, Roberto Mariz diz que esta sessão permitiu dar instrumentos para que as instituições “executem correctamente as candidaturas já em vigor e ajustem as que irão ainda abrir”.
O presidente da UDIPSS Braga sublinha que para o sector desempenhar a sua “acção nuclear” – “providenciar respostas sociais ”- é necessário o apoio do Estado, pela sua dimensão subsidiária”, da UE, através do PRR, mas também dos municípios.
“É esta interligação que permite respostas estruturadas, respostas que as instituições só por si não conseguem dar”, lembrou.