A partir de hoje, no santuário de S. Bento da Porta Aberta, em Terras de Bouro, há um novo motivo para visitas. Os biscoitos de S. Bento. Este produto, da doçaria conventual, nasce das mãos das Irmãs Trapistas de Palaçoulo de Trás-os-Montes, numa parceria com a Irmandade de S. Bento da Porta Aberta.
Estes «docinhos» são resultado de uma experiência bem sucedida com o doce feito para o santuário do Bom Jesus do Monte em Braga.
Têm na sua base de produtos caseiros, como o mel e a laranja do Gerês. É, ainda, usada a amêndoa de Trás-os Montes, colhida pelas próprias Irmãs Trapistas nas terras do Mosteiro de Palaçoulo.
O produto foi apresentado ontem, marcando o dia da festa da Epifania, na Capela da Adoração Permanente do Santuário de São Bento da Porta. No momento estavam presentes o Arcebispo Metropolita de Braga, D. José Cordeiro, o Bispo auxiliar, D. Delfim Gomes, o presidente da Irmandade de São Bento da Porta Aberta, o padre Miguel Paulo Simões, entre outros convidados.
D. José Cordeiro, na apresentação, disse que os biscoitos «traduzem a vida de um mosteiro e de um santuário».
«Esta é uma nova possibilidade que o santuário e a basílica de S. Bento da Porta Aberta neste Ano Santo Jubilar têm a oferecer aos peregrinos e a todas as pessoas que por aqui passam. É mais um elemento acrescido nesta diferenciação que constitui este lugar tão belo e aprazível para o encontro com Deus, connosco próprios e com a natureza», aponta.
Elogiando esta preferência pelos produtos locais, D. José Cordeiro notou que os biscoitos constituem também «alimento para o caminho», numa peregrinação em que o «alimento principal é a Palavra de Deus».
O presidente da Irmandade de S. Bento da Porta Aberta apontou que os biscoitos surgem da vontade de dar aos visitantes uma «lembrança do santuário». Para a Irmandade, o doce vem dar mais motivos para uma visita ao espaço.
A Irmã Anunciada, do Mosteiro de Palaçoulo desvendou que o biscoito nasceu de um doce já existente, na Itália. Este, de Portugal, de Terras de Bouro, foi alterado com produtos locais e «toque» das Monjas Trapistas. Para elas, esta é uma forma de honrar um dos princípios de S. Bento: «ora e labora».
Os Biscoitos de S. Bento podem ser provados e comprados na Casa das Estampas de S. Bento da Porta Aberta e, ainda, no Bom Jesus.
Cada embalagem tem o custo de sete euros.