Procurar
Close this search box.
Procurar
Close this search box.
REGIÃO

REGIÃO -
Legislativas. Louçã defende em Esposende “resposta articulada” aos efeitos das alterações climáticas que já afetam PNLN e PNPG

O Bloco de Esquerda levou, este domingo, a ‘Conversa de Café’ com Francisco Louçã até Vermelhinho Caffe, em Esposende. Aqui, as alterações climáticas dominaram o encontro, onde se falou também de baixos rendimentos e de especulação imobiliária.

Louçã, cabeça de lista do Bloco por Braga, sublinhando a necessidade de uma resposta articulada às alterações climáticas, defendeu como prioridade a criação de emprego em setores que reduzam as emissões e a debelar dificuldades das populações mais vulneráveis aos efeitos da crise climática. 

“A consagração de uma Lei de Bases do direito humano à alimentação e nutrição adequadas será uma ferramenta importante, bem como a criação de mecanismos de justa remuneração aos pequenos agricultores nas cadeias de abastecimento”, disse, referindo que em consequência das alterações climáticas, prevê-se “uma descida até 30% da produtividade agrícola, pelo que é necessário garantir um modelo de segurança alimentar e de sustentabilidade ambiental”.

O bloquista Manuel Pereira lembrou que Portugal está ainda a “uma grande distância” do compromisso da estratégia europeia para a biodiversidade 2030, que implica a classificação de 30% da área terrestre e marinha como áreas protegidas. 

“A esse atraso soma-se o facto de Portugal ser o país da União Europeia com as áreas protegidas mais degradadas e o quarto com mais espécies ameaçadas. Esta realidade não é alheia à falta de investimento e de recursos humanos na proteção e gestão de áreas que garantem sumidouros de carbono e preservação da biodiversidade”, afirmou. 

Referiu que este problema “é bem visível” tanto no Parque Natural do Litoral Norte (PNLN), que se estende ao longo de 16 km de costa, entre a foz do rio Neiva e a zona da Apúlia, como no Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG). 

Como já tem vindo a ser denunciado pelo Bloco, e foi lembrado por Bruno Maia, candidato do BE por Braga em 2024, “faltam vigilantes da natureza e técnicos superiores para proteger os parques naturais e a floresta, de forma a evitar crimes ambientais e construções abusivas, que surgem pela voragem da pressão imobiliária”.

Sobre os problemas da habitação, cujos aumentos dos preços e das rendas” têm sido avassaladores”, tanto no conjunto do distrito como em Esposende – concelho que “se destaca este como um dos municípios do país com rendas mais elevadas, ficando (…) apenas atrás de Braga” –  Louçã reiterou a proposta a impor um teto às rendas, como uma medida para fazer face à urgência da crise. 

“O voto no Bloco de Esquerda retira deputados à direita e extrema direita e dá força a quem valoriza os rendimentos dos trabalhadores e pensionistas e impõe limites à especulação”, afirmou.

[email protected]

Partilhe este artigo no Facebook
Twitter
COMENTÁRIOS
OUTRAS NOTÍCIAS