A assinalar o Dia Nacional do Doente com AVC, o INEM avançou hoje que o número de doentes com suspeita de AVC encaminhados para as vias verdes hospitalares baixou desde o ano passado, quando foram 8.796 doentes. No entanto, com 7.886, é o segundo mais alto desde 2019.
Segundo o INEM, esta redução de 910 pessoas justifica com o facto de «terem sido excluídos da análise os casos de AVC cuja hora de início de sintomas ocorreu mais de 24 horas antes da chamada para o 112, anteriormente contabilizados», diz en nota.
Ainda assim, «o reforço da formação dos profissionais tem permitido identificar de forma mais precisa as Vias Verdes AVC, reduzindo os falsos positivos», acrescenta.
O distrito do Porto registou o número mais elevado de casos encaminhados através da Via Verde AVC, totalizando 1.539 doentes, seguido de Lisboa e Setúbal, com 1.526 e 626 casos, respetivamente.
No total de casos, 77% das pessoas tinham mais de 65 anos e 52% eram do sexo feminino.
O INEM recorda que as primeiras horas após o início dos sintomas de AVC são essenciais, pois «é nesta janela temporal que os principais tratamentos têm maior eficácia», vinca. Assim, deve ligar-se ao 112 quando existir sintomas como falta de força num braço, boca ao lado ou dificuldade em falar.
«Colaborar com os profissionais do Centro de Orientação de Doentes urgentes (CODU) é fundamental para uma triagem e encaminhamento corretos de todas as situações suspeitas de AVC», reforça.
O AVC é um défice neurológico súbito, motivado por isquemia, uma deficiência de irrigação sanguínea, ou hemorragia no cérebro. É, ainda, uma das principais causas de morte em Portugal, segundo o INEM.
Ainda, é a principal causa de morbilidade e potenciais anos de vida perdidos nas doenças cardiovasculares.
A prevenção do AVC passa pela adoção de hábitos de vida saudáveis, como evitar o tabaco e a vida sedentária, tendo especial atenção a doenças como a hipertensão, diabetes ou arritmias cardíacas.