O presidente da Câmara de Amares, Manuel Moreira, garantiu esta terça-feira que a água do concelho está devidamente monitorizada e que «é de qualidade», pelo que «os amarenses podem estar tranquilos» quanto a esta situação.
«Quero que todos os amarenses saibam que podem continuar a confiar na água que consomem. Continuaremos a trabalhar para que às torneiras dos amarenses chegue água segura e a garantir que pela nossa acção ou omissão nunca se verificará qualquer incumprimento», frisou.
O esclarecimento de Manuel Moreira surgiu depois de na passada semana a Unidade de Saúde Pública do Agrupamento de Centros de Saúde (ACeS) Gerês-Cabreira ter tornado público um comunicado que dava conta de uma contaminação da rede de água pública.
Segundo o autarca, o Município «cumpre escrupulosamente» um Plano Anual de Qualidade da Água, pelo que faz «todos os dias, 365 dias por ano, duas vezes por dia» análises «para determinar e assegurar o grau de desinfecção da água».
Lembrando que a contra-análise não confirmou a contaminação, pelo que «não existia uma situação de emergência», Moreira apontou o dedo à oposição, acusando o PS de «inventado um facto político».
«A ânsia pelo poder não nos pode levar a querer destruir um serviço público de qualidade, a deitar por terra o enorme sentido de responsabilidade dos profissionais que trabalham nesta área», atirou.
O vereador socialista, Pedro Costa, refutou. «O PS não tomou qualquer posição pública. Fui eu, enquanto vereador, que difundi um comunicado vindo da Unidade de Saúde Pública. Não foi o PS quem fez o comunicado», disse.
Para Costa, «por muito que se diga que a água não esteve contaminada, a bactéria esteve lá», pelo que, na opinião do vereador do PS, «importa principalmente perceber o que aconteceu».
O representante socialista defendeu que a autarquia devia ter sido mais pró-activa na comunicação com a população, algo que Emanuel Magalhães (MAIS) sublinhou.
«A Câmara demitiu-se de responsabilidades no sentido de transmitir alguma calma às pessoas. Esta é uma situação que exigia a criação de um gabinete de crise, sem levantar alarmes, para lidar com esta situação», apontou Magalhães.
Defendendo a criação de um protocolo para seguir em situações idênticas que possam surgir, o vereador do MAIS disse que a situação deveria ter sido, de imediato, comunicada à restante vereação e aos presidentes de Junta pela autarquia.
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