O Presidente da República agradeceu este sábado às confissões religiosas o sentido de Estado e de “serviço à vida e à saúde” durante os últimos dois meses de pandemia, no dia em que voltam a ser permitidas as cerimónias religiosas.
Numa curta mensagem colocada no site da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa escreve que “no momento em que as confissões religiosas regressam à prática de actos colectivos públicos de culto, o Presidente da República agradece o sentido de Estado e, sobretudo, de serviço à vida e à saúde que demonstraram, ao longo de dois meses e meio, a pensar nos portugueses e em Portugal”.
As cerimónias religiosas comunitárias regressam este sábado após uma pausa de mais de dois meses provocada pela covid-19, com regras excepcionais, tendo a Direcção-Geral da Saúde (DGS) alertado para o “risco aumentado” de propagação do novo coronavírus.
No documento em que define as medidas de prevenção e controlo a adoptar em locais de culto pelas instituições religiosas e pelos cidadãos, a DGS reforçou que “nos locais de culto e religiosos existe risco de transmissão directa e indirecta de SARS-CoV-2 [o novo coronavírus, que provoca a doença covid-19]”, que exigem cuidados máximos.
Do lado das confissões religiosas, a retoma das celebrações presenciais está a ser encarada com um misto de alegria e cautela, segundo os responsáveis de várias entidades contactadas pela Lusa, nomeadamente, os porta-vozes da Igreja Católica, da Comunidade Islâmica de Lisboa, da Comunidade Israelita e da Aliança Evangélica Portuguesa.
Em comum, a vontade de voltar a partilhar os espaços de culto com os fiéis, e a noção de responsabilidade em cumprir as novas normas acordadas com a DGS de forma a maximizar a segurança dos participantes nos rituais religiosos.
Legenda da foto Igreja da Lapa, em Braga, no primeiro estado de emergência/PressMinho