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Ministério Público investiga indícios de precariedade de estudantes africanos em Amares

O Ministério Público está a investigar situações de fome e precariedade de um grupo de estudantes africanos em Amares. O alerta foi lançado recentemente, depois de relatos que vão sendo conhecidos nas redes sociais e denúncias às entidades públicas. São narrados casos de fome e que estarão a viver em condições precárias. A situação é do conhecimento da Câmara Municipal, segundo confirmou a vereadora da Acção Social, Cidália Abreu, em reunião do executivo municipal decorrida esta quarta-feira.

Tratando-se de um assunto de alguma complexidade, a vereadora revelou que o assunto foi encaminhado para o Ministério Público.

«Fizemos uma reunião com a responsável do centro de formação em que estes alunos estão inseridos e demos a conhecer os relatos que nos chegaram. O que nos foi dito foi que os alunos estavam em situação legal e que houve um atraso no pagamento dos primeiros meses da bolsa, mas que agora está tudo em dia», explicou Cidália Abreu.

Distribuídos pelas Freguesias de Amares, Caldelas, Lago e Rendufe, estes alunos encontram-se a viver em quartos ou casas partilhadas.

Sobre eventuais casos de “fome”, a vereadora explanou que «os casos pontuais que tivemos de alunos a passar fome foram imediatamente respondidos através da “Arca dos Sonhos”».

Segundo Cidália Abreu, os alunos apontam ter vindo com promessas que não estão a ser cumpridas.

«O que os alunos dizem é que vieram para cá com determinadas promessas que agora não estão a ser cumpridas», notou.

Para além dos meios e entidades até então envolvidas no processo, também a CPCJ foi chamada a intervir – com base na alegada existência de menores envolvidos – apesar destes alunos terem um «tutor/professor que os acompanha».

Numa última nota, a vereadora referiu ainda que as assistentes sociais visitaram «todas as habitações onde moram estes alunos» e que a «grande maioria disse não passar fome».

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