A Ministra da Saúde, Marta Temido, presidiu esta segunda-feira, em Amares, à cerimónia formal de assinatura dos autos de descentralização de competências na área da Saúde com os Municípios de Amares, Terras de Bouro e Vieira do Minho.
Esta sessão decorreu no Centro de Saúde de Amares e Marta Temido começou por destacar «a importância deste processo», por este envolver «decisões em conjunto, que não são impostas e decididas apenas em Lisboa ou no Porto».
Para a Ministra da Saúde, estas decisões «tomadas localmente» dão «palavra e poder de decisão» a cada um dos intervenientes e profissionais da saúde, apontando um desafio «importante» para o futuro e para a democracia: «evoluirmos para um modelo de governação onde há partilha de poder».
Nesse modelo de governação mais descentralizado, Marta Temido realçou que este «exige responsabilidades mútuas e é um modelo mais responsabilizante e exigente», concluindo afirmando que «Amares, Vieira do Minho e Terras de Bouro vão ficar a ganhar com este processo» e que «em conjunto, será construída uma rede mais forte de resposta à saúde de todos».
PROTOCOLO PARA DAR RESPOSTA ÀS NECESSIDADES
Também presente nesta cerimónia esteve Manuel Moreira, presidente da Câmara Municipal de Amares, que afirmou que todo o município se entrega «de alma e de coração no envolvimento deste projecto», revelando que acredita que «este protocolo vai ter sucesso, sobretudo para dar resposta às necessidades dos utentes e da população em geral».
O autarca amarense solicitou ainda «que o Governo converse sempre connosco», para que «as mudanças sejam feitas por meio de diálogos e de conversas».
«RECONHECIMENTO E GRATIDÃO DE TODO UM CONCELHO»
Manuel Tibo, presidente da Câmara Municipal de Terras de Bouro, assumiu que esta assinatura «renova a esperança num país e num concelho melhor, sobretudo para as gerações futuras» e aproveitou o momento para deixar um pedido a Marta Temido: «que o Ministério da Saúde possa apoiar a criação de uma unidade de cuidados em Terras de Bouro nas instalações devolutas do Centro de Saúde».
Para além disso, o autarca terrabourense fez também questão de destacar o «reconhecimento e gratidão por parte de todo o Concelho pelos préstimos» da Ministra da Saúde durante toda a pandemia que ainda decorre nos dias de hoje.
VIEIRA DO MINHO TAMBÉM SE MOSTROU A FAVOR DO PROTOCOLO
Já António Cardoso, líder da Câmara Municipal de Vieira do Minho referiu que este protocolo «permite ambicionar que as populações que distam largos quilómetros dos hospitais distritais tenham acesso a cuidados mais céleres», um factor que considera fundamental para os habitantes vieirenses.
O edil mostrou também o desejo de voltar a ter, em Vieira do Minho, o serviço de atendimento permanente no Concelho, mostrando «a vontade do município em colaborar na reabertura deste serviço».