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Monção lança peças de joalharia para valorizar e ‘perpetuar’ identidade cultural

A Câmara de Monção vai lançar, no dia 14, uma coleção de 10 peças de joalharia que representam vários dos seus símbolos como olho da Coca, a videira do Alvarinho e as roscas, “para perpetuar a identidade cultural” do concelho.

“Temos uma identidade muito própria e faz todo o sentido passarmos esses elementos identificadores do território para uma coleção de joias que possa perpetuar o nosso sentir, os usos e costumes das nossas gentes”, afirmou o presidente da Câmara de Monção, António Barbosa.

Em declarações à agência Lusa, o autarca explicou que “a coleção de joias integra a estratégia municipal de posicionamento da marca Monção no país e no mundo” e representou um investimento “entre os 10 a 15 mil euros”.

“É um projeto único a nível nacional. Um município que tem uma coleção de joias própria. Neste caso, a nossa preocupação não é vender peças, mas posicionar o concelho. Esta coleção demonstra que é possível utilizar os elementos identificadores dos territórios e fazer a diferença”, sublinhou.

A peça com o olho da Coca representa o combate ancestral entre São Jorge e o “dragão” Coca, em que o bem é personificado por São Jorge, um cavaleiro da terra montado num cavalo branco, e o mal pelo dragão, uma estrutura empurrada por cerca de meia dúzia de funcionários da autarquia.

A população de Monção, no distrito de Viana do Castelo, torce sempre pela vitória de São Jorge, por representar, segundo a tradição, um ano de boas sementeiras e colheitas.

O vinho Alvarinho e as roscas, doce tradicional do concelho são outros dos elementos que inspiraram a coleção municipal concebida “por uma jovem da terra”, Letícia Esteves, licenciada em joalharia e mestre em Design do Produto.

“O município tem procurado, de diferentes formas, criar oportunidades aos a jovens do concelho que estão em várias zonas do país e do estrangeiro. Este é um exemplo. A autarquia contratou a Letícia Esteves que já criou mais do que as 10 peças que vamos lançar. Futuramente a coleção pode vir a integrar novas criações”, afirmou António Barbosa.

O nome da coleção, RAIZ 1261, “representa a ligação da autora à sua terra natal e a data da atribuição da carta de foral ao Município de Monção, pelo Rei D. Afonso III”.

A artista, Letícia Esteves, descreve a coleção, composta por três pulseiras, dois colares, dois anéis, dois botões de punho e uma gargantilha, como atemporal, clássica, mas com uma roupagem contemporânea”.

Todas as peças foram concebidas manualmente em prata de lei 925, com banho de ouro de 24 quilates, pedra natural (malaquite) e esmalte frio, sendo que a coleção “é autenticada e certificada pela contrastaria da Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM).

A apresentação oficial da coleção vai decorrer no Palácio da Brejoeira, em Monção, imóvel classificado como Monumento Nacional desde 1910, sendo que posteriormente será colocada à venda “em hotéis do concelho e do país”.

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