O Museu da Herança Rural do Urjal, no alto da serra, em Seramil. Amares, hoje inaugurado, quer ser uma alavanca para o desenvolvimento de atividades agrícolas ancestrais. O fumeiro é a primeira aposta, mas a junta de freguesia local quer recuperar atividades antigas «de excelência», como a produção de azeite e a pastorícia.
Estas foi mensagens transmitidas pelo presidente da junta de Vilela, Seramil e Paredes Secas, Rui Tomada, durante a cerimónia de inauguração do espaço, um investimento a rondar os 200 mil euros, que passa a ser «um espaço de memória, da herança das nossas gentes», vincou.
«Julgo que devemos voltar a apostar na produção de azeite, que – outrora – colocou Amares como uma referência nacional pela sua qualidade», referiu o autarca, solicitando o apoio à Associação de Desenvolvimento das Terras Altas do Homem, Cávado e Ave (ATAHCA) para o lançamento de candidaturas.
Rui Tomada aproveitou ainda para lembrar que Amares era uma terra de muitas oliveiras e de muita e boa produção nos lagares locais. Bouro, Vilela, Paredes Secas, Seramil e Goães, entre outras, têm oliveiras de grande qualidade. Temos que recuperar esse potencial».
A par disso, notou a importância de «valorizar a agro-pastorícia. Foi-se perdendo, mas ainda há. Era importante apoiar a criação de cercas, estábulos e outros instrumentos de apoio para dar mais força a esta atividade».
Na resposta, o presidente da ATAHCA, Mota Alves, prometeu «todo o apoio». O responsável pela entidade de desenvolvimento local assinalou, a propósito, a importância do equipamento agora inaugurado. «É um espaço de memória, mas também pode e deve ser um espaço para desenvolvimento rural, para atração e desenvolvimento económico».
MOREIRA PEDE «AÇÃO»
O presidente da câmara de Amares, Manuel Moreira, toca pelo mesmo diapasão e vê no Museu da Herança Rural «uma aposta de futuro. Quero que não se torne num elefante branco. Gostaria que desse frutos e se tornasse num polo de desenvolvimento destas localidades».
O autarca lembra que «a ideia está concretizada, mas é preciso mais. Mexer com isto e que sirva para atrair mais gente, mais atividades e desenvolvimento económico».
O Museu da Herança Rural foi inaugurado a poucas horas da abertura da Urjalândia, que decorre este fim-de-semana.
Representou um investimento a rondar os 200 mil e, a par da Urjalândia, pretende «colocar o Urjal e Amares no mapa».
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