O Museu Municipa de Esposende inaugurou a exposição fotográfica “Urdir o Junco”, que retrata o labor artesanal das esteireiras de junco de Forjães.
Uma mostra de “cores e texturas”, como referiu o autor das fotografias, o conceituado fotógrafo Juan Pablo Moreiras, cujo trabalho tem ilustrado numerosas exposições e publicações, nomeadamente do Património Mundial da UNESCO, bem como reportagens em prestigiadas revistas internacionais como Time, National Geographic, BBC Wildlife, Sunday Times, The Daily Telegraph, Sydney Morning Herald, L’Internazionale, Traveller, Diversity, Der Spiegel, Berliner Zeitung, Paris Match, Marie-Claire, La Vanguardia Magazine, El Mundo Magazine, entre outras.
Álvaro Campelo, Comissário Científico da exposição, destacou o novo olhar que tem incidido sobre a arte do junco, o qual tem permitido dar a conhecer e conferir beleza e valor ao que antes eram vistos como «objetos utilitários que foram sinónimo de dor e de sofrimento».
A propósito da mostra, referiu que a imagem traz conhecimento, que transporta histórias de vida e se reveste de emoção, destacando, assim, a «relação a relação emocional com a arte e o património».
Esta exposição acolhe, em complemento, peças da mostra “Água Terra Fogo”, que resultam de trabalhos produzidos ao longo das últimas quatro edições do projeto académico “‘Design’ e Território” da ESMAD (Escola Superior de Media Artes e Design, do Instituto Politécnico do Porto). Com curadoria de Abel Tavares e coordenação de Olívia Marques da Silva, é uma viagem entre as terras raianas do Nordeste Transmontano até às ardentes paisagens do Baixo Alentejo, passando pelos juncais no prado salgado do Cávado.
Como complemento à exposição, foi editada a publicação “Urdir o Junco | As mulheres esteireiras de Forjães”, com fotografias de Juan Pablo Moreiras e textos de Abel Tavares e Telma Enes Oliveira, de Álvaro Campelo e de Paulo Guerreiro, financiada ao abrigo do PROVERE, no âmbito da candidatura NORTE-06-3928-FEDER-000021 – Touring Cultural – Artes e Produtos Tradicionais.