A Federação Nacional da Educação (FNE) defendeu, esta quinta-feira, que será impossível resolver a falta de professores nas escolas “a tempo do início do ano letivo”, independentemente do plano que o Governo venha a adotar.
“Independentemente do plano que possa vir a ser implementado, é um facto que não há professores em número suficiente no início deste ano letivo para dar resposta a todas as necessidades”, disse o secretário-geral da FNE, Pedro Barreiros, antes de entrar para uma reunião com a equipa do Ministério da Educação, Ciência e Inovação sobre as medidas do Plano +Aulas +Sucesso.
Pedro Barreiros lembrou que são precisas medidas imediatas com impacto “já no início do ano letivo”, e outras a longo prazo, como a formação de professores, “para que daqui a quatro ou cinco anos” o problema não se repita.
Sobre o programa do ministério que pretende reduzir o número de alunos sem turmas, Pedro Barreiros defender que as “medidas de urgência não podem fazer com que aqueles que já estão a acumular funções sejam chamados a acumular com outras”, criando “um horário impensável”.
O Plano +Aulas +Sucesso pretende atrair professores aposentados, conseguir que fiquem mais tempo aqueles que se iriam agora reformar, oferecer mais horas a quem já está nas escolas ou que está a fazer doutoramentos.
Pedro Barreiros voltou hoje a sublinhar que é preciso “ser realista”: “O problema da falta de professores não vai ser resolvido a tempo do início do ano letivo”, alertou.
Depois da FNE, o ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, o secretário de Estado Adjunto e da Educação, Alexandre Homem Cristo, e o secretário de Estado da Administração e Inovação Educativa, Pedro Dantas da Cunha, irão reunir-se com a Federação Nacional dos Professores (Fenprof).
Seguem-se as restantes dez organizações sindicais de professores – FENEI, SIPE, FEPECI, SPLIU e SNPL, ASPL, SIPPEB, SEPLEU, Pró-Ordem e S.TO.P.