PAÍS

PAÍS -
Norte resiste ao impacto da pandemia na economia. Aumento do desemprego na região abaixo da média nacional

Share on facebook
Share on twitter

TÓPICOS

Share on facebook
Share on twitter

TÓPICOS

O número de desempregados inscritos no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) aumentou 22,1%, em Abril, em comparação com o período homólogo. A região Norte foi a que melhor resistiu ao impacto da crise no Continente, com um aumento do número de desempregados inscritos de 14,1% em termos homólogos.

Os dados divulgados esta quarta-feira pelo IEFP mostram o brutal impacto provocado pandemia na economia, com o número de pessoas inscritas nos centros de emprego de todo o país disparar no mês a seguir ao primeiro estado de emergência.

De acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo IEFP, o número de desempregados inscritos no IEFP subiu para 392.323, um aumento de 22,1% face a igual período do ano passado, ou seja, mais 71 083 pessoas sem emprego.

Em relação Março, o número de desempregados inscritos também subiu, observando-se um crescimento de 14,1% (mais 48.562 pessoas).

“Para o aumento do desemprego registado, face ao mês homólogo de 2019, contribuíram todos os grupos do ficheiro de desempregados, com destaque para as mulheres, os adultos com idades iguais ou superiores a 25 anos, os inscritos há menos de um ano, os que procuravam novo emprego e os que possuem como habilitação escolar o secundário”, refere.

A nível regional, segundo o IEFP, no mês de Abril, o desemprego registado aumentou na generalidade das regiões, com excepção da Região Autónoma dos Açores.

Os dados do IEFP permitem perceber quais os sectores e regiões mais afectadas pelo impacto da pandemia. Há sinais que apontam para um sector em particular, com impacto numa região: o turismo e o Algarve, respectivamente.

De acordo com a informação referente ao mês de Abril, a região do Algarve foi a mais castigada pela paragem com um aumento homólogo do desemprego com mais 123,9% de desempregados. Mais de 14 mil pessoas inscreveram-se nos centros de emprego. Este aumento estará relacionado com a prevalência do turismo e imobiliário.

A região Norte foi a que melhor resistiu ao impacto da crise no Continente, com um aumento do número de desempregados inscritos de 14,1% em termos homólogos, seguindo-se a região Centro com 16,4%, ambas abaixo da média.

Também nestes casos, a explicação pode estar no facto de serem regiões com uma forte componente industrial, com muitas empresas a manterem a laboração, mesmo que parcial.

Nos Açores, por seu turno, o número de desempregados inscritos recuou 6,2%, sendo a única região do país a verificar uma descida. A Madeira a registar uma subida muito ligeira (1,5%).

SECTORES

Considerando a actividade económica de origem do desemprego, dos 342.484 desempregados que, no final do mês em análise, estavam inscritos como candidatos a novo emprego, nos Serviços de Emprego do Continente, 71,7% tinham trabalhado em actividades do sector dos serviços, com destaque para as actividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio (29,4%).

O sector secundário, por seu turno, foi responsável por 22,1% dos desempregados inscritos no IEFP em Abril, com especial relevo para a construção (7,2%).

Ao sector agrícola pertenciam 4,3% dos desempregados.

Share on facebook
Partilhe este artigo no Facebook
Share on twitter
Twitter
COMENTÁRIOS
OUTRAS NOTÍCIAS