A associação amarense Valoriza tem a decorrer o concurso público para a edificação do lar residencial “Ser Igual”, uma obra que nascerá na antiga escola primária do Eirado, em Amares, num investimento de mais de 2,3 milhões de euros.
Além de um lar com capacidade para 30 utentes, a intervenção permitirá requalificar as instalações do actual CACI – Centro de Atividades e Capacitação para a Inclusão, englobando as duas respostas no mesmo espaço.
«Na segunda quinzena de Abril devemos ter o concurso fechado para adjudicar, fazendo em Maio a preparação do contrato de empreitada e a assinatura do auto de consignação. A nossa expectativa é que a primeira pedra da obra seja lançada em Junho, dando início à concretização deste objectivo», disse ao jornal “O Amarense” o presidente da Valoriza, Pedro Costa.
Segundo o dirigente, a obra terá um prazo de execução de um ano, a partir da assinatura do auto de consignação. «Se tudo correr bem, tal como esperamos, acreditamos que poderemos inaugurar o lar residencial no Verão de 2024 e abrir ao público no segundo semestre desse mesmo ano», sublinhou.
A empreitada é co-financiada pelo programa PARES 3.0 do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social. Aprovada pela tutela, a candidatura da Valoriza recebeu recentemente uma majoração, tendo em conta o impacto da inflação dos custos de construção, o que deverá fazer com que a comparticipação seja de cerca de 1,5 milhões de euros.
O restante valor estará a cargo da instituição, que está a finalizar o processo para contrair um empréstimo bancário.
ESPAÇOS AUTÓNOMOS
Em termos de infra-estruturas, a obra contempla a construção do lar, a requalificação do CACI e a criação de uma zona administrativa e de recepção que ficará entre as duas valências. Embora se trate de apenas um edifício, a ideia é que «as duas respostas sejam autónomas».
«Teremos duas respostas separadas, apesar de estarem integradas no mesmo espaço físico», refere Pedro Costa.
Serão criados gabinetes de trabalho e haverá um aumento da cantina, que vai ser utilizada quer para o lar, quer para o CACI, assim como a zona de despensa e de lavandaria. A instituição vai poder albergar 60 utentes, 30 em cada uma das valências.
Notícia original publicada na edição impressa de Abril.