A primeira concertina comprou-a em 1956, por 400 escudos, o dinheiro ganho num ano de trabalho na lavoura. Na tropa, vendeu-a para comprar um relógio. Mas o gosto por aquele instrumento falou mais alto – e acabou por trocar o relógio. A vida de Agostinho Cunha, de 84 anos, está intimamente ligada à prática da concertina, que foi aprendendo a tocar por experiência própria, aguçando o engenho conforme a necessidade e o exemplo dos “mestres”. Com a concertina assente nos ombros fez, fez amizades para a vida, percorreu muitos quilómetros e conheceu o País.
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