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JUSTIÇA

JUSTIÇA -
Operação Malapata leva PJ a Braga, Barcelos, Esposende, Famalicão e aos estádios do Benfica e do Sporting

A PJ deu conta, esta quarta-feira, do balanço da Operação Malata, que deu cumprimento a mandados de detenção e de buscas domiciliárias e não domiciliárias, nomeadamente em Braga, Barcelos, Esposende e Famalicão, Trofa, Funchal, Benavente e nos estádios da Luz e do Sporting, que já confirmaram as buscas.

Na sequência desta operação, que teve origem na “presumível prática dos crimes de fraude fiscal, burla qualificada, falsificação informática e branqueamento”, a PJ realizou já 28 buscas domiciliárias e não domiciliárias, tendo sido detidos “três indivíduos, entre os quais um empresário do sector metalúrgico e um empresário ligado à actividade desportiva, fortemente indiciados pelos referidos crimes”.

A detenção de um agente desportivo levou ainda a PJ a fazer novas buscas no Benfica e no Sporting.

A SIC Notícias avança que que o empresário desportivo é César Boaventura.

“Através do exercício de actividade comercial fictícia de sociedades geridas pelos suspeitos, assim como de correspondentes contas bancárias tituladas por terceiros (pessoas individuais e colectivas), em território nacional e no estrangeiro, aqueles lograram criar um intrincado esquema de facturação/movimentação financeira que ofereciam tanto como veículo de branqueamento para terceiros, prestando assim esse serviço ilícito pelo qual seriam remunerados, como para ocultação dos proveitos gerados da própria actividade legítima dos próprios e de terceiros, nos sectores indicados”, refere a PJ.

Até ao momento, e numa altura em que há novas buscas no terreno, a Judiciária diz que foram “identificados movimentos financeiros, em diversas plataformas, num montante superior a 70 milhões de euros”.

A “vantagem patrimonial em sede fiscal, estimada, [e] associada ao principal visado, atinge o montante de 1,5 milhões de euros, apenas com base em elementos já confirmados”, acrescenta a PJ, que contou com a participação de elementos da Autoridade Tributária.

No decurso da operação policial, foi apreendida documentação diversa relativa à prática dos factos, diversas viaturas automóveis e material informático.

Os três detidos, entre os quais o empresário César Boaventura, são agora presentes à competente autoridade judiciária para primeiro interrogatório judicial e aplicação das medidas de coacção tidas por adequadas.

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