O padre António Magalhães de Sousa, pároco de Dornelas, Figueiredo, Paredes Secas e Vilela, em Amares, criticou a recente reunião entre o Arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, e representantes do PSD Braga.
Num texto intitulado “Eleições à porta?”, publicado na página de Facebook “Sopro e Vida”, o sacerdote começa por lembrar algumas polémicas que opõem a Igreja e «quem preside aos destinos políticos de Braga», nomeadamente no caso da posse do Parque da Ponte de São João.
«Entretanto, porque os votos dos católicos também contam, têm a santa decência de ir visitar o responsável máximo da Arquidiocese para lhe transmitir admiração e gratidão por tudo o que tem feito em prol da cidade. Tão queridos! De facto, a misericórdia, compaixão, perdão, arrependimento são ingredientes abundantes de parte a parte. Fico estarrecido», aponta.
António Magalhães de Sousa considera que, «quem está de fora, vê e acaba por não saber se rir ou chorar».
«Uns defendem a Igreja e o seu património e são queimados (enxovalhados) na praça pública, alvos de comentários corrosivos nos actuais areópagos; outros vão, por trás qual virgens impolutas, branquear e pactuar com tais modos sujos e obscenos, sem avaliar (considerar) o mal que fazem a si mesmos, aos outros e à própria Igreja», refere.
Lembrando a máxima “dai a César o que é de César”, o sacerdote acaba o texto com uma crítica explícita.
«Quando se trata de massagens no umbigo, votos, zelar por tachos e poleiros vale tudo, até conspurcar a inteligência e memória dos cidadãos e trair aqueles que verdadeiramente vivem e servem o bem comum. Sem surpresa. Tendo em conta os diferentes currículos e “modus operandi”, não esperava outra coisa», critica.