A Concelhia de Braga do PAN o vereador do Urbanismo e Mobilidade sobre o Plano de Mobilidade Urbana Sustentável apresentado em 2019 e os seus desenvolvimentos. O partido acusa o município de “fazer pouco ou apenas o mínimo” em comparação com Lisboa e o Porto que “acelerarem os planos e a inauguram novos circuitos cicláveis”.
Segundo Tiago Teixeira, porta-voz da Concelhia, as questões endereçadas a Miguel Bandeira, surgiram no seguimento dos progressos registados na área de mobilidade suave em cidades como Porto e Lisboa, que “aproveitaram a pandemia para acelerarem os planos e a inauguração de novos circuitos cicláveis e reforçaram ainda os incentivos para a aquisição de bicicletas, cuja venda registou um aumento inesperado”.
Para o Pessoas-Animais-natureza “é de estranhar a falta de avanços por parte do município de Braga nesta área, limitando-se apenas à requalificação da Variante da Encosta e a criação de 7 km de ciclovia de ligação à Universidade do Minho nos últimos 4 anos”.
Face a isto, e já tendo o Plano de Mobilidade Urbana Sustentável (PMUS) sido apresentado em 2019 pelo município, a Concelhia bracarense do PAN indagou a vereação do Urbanismo sobre o ponto em que se encontra o projecto, quando preveem o início e conclusão do mesmo, os objectivos concretos e a existência de um quadro orçamental.
“Na opinião do PAN Braga é imprescindível que exista uma adaptação das infra-estruturas de forma a promover a transição para mobilidade suave, principalmente depois de recentes e alarmantes notícias acerca da elevada poluição do ar a que os bracarenses estão sujeitos, situação esta que nos preocupa imenso pelo impactos reais na saúde e na qualidade de vida da população”, refere Tiago Teixeira.
“FAZER O MÍNIMO”
Em resposta ao PAN, o vereador Miguel Bandeira, citado pelo PAN, “afirma que o PMUS deverá ser apresentado publicamente ainda no primeiro semestre de 2021, e que os vários projectos estão previstos ser implementados até 2026.
“Algo que o PAN considera insuficiente”, diz Tiago Teixeira.
“Embora exista um plano, que já foi iniciado em 2019, não ficamos satisfeitos com a duração prevista para a sua implementação, até à obtenção de resultados. Compreendemos que reestruturar a cidade poderá demorar mais tempo do que seria ideal, mas neste momento de pandemia, em que existiu um abrandamento da actividade económica do concelho e consequentes deslocações, a execução de vias cicláveis (temporárias ou definitivas) bem como de vias dedicadas ao transporte colectivo, teria sido um sinal claro de avanço para o futuro de Braga, como se fez em tantas outras cidades a nível nacional, europeu e mundial, com repercussões menores ao nível do tempo perdido pelos munícipes no trânsito devido às obras”, acrescenta
“Fazer pouco ou apenas o mínimo é inaceitável e incompreensível, numa cidade que se quer sustentável e com os olhos postos no horizonte. Os bracarenses querem optar por meios de transporte mais ecológicos, mas estão impedidos de o fazer porque a Câmara não está a criar em tempo útil condições ou incentivos”, sustenta o responsável, rematando que o partido “espera que exista uma maior consciencialização por parte da autarquia da necessidade de priorizar e acelerar este plano e continuará a acompanhá-lo”.