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PAN Famalicão exige “cabal esclarecimento” da Câmara sobre construção de hipermercado

A Concelhia do PAN Famalicão considera que o Executivo PSD/CDS deve “um cabal esclarecimento” sobre a decisão de autorizar a construção de um hipermercado Continente num terreno de mais 20.500 metros quadrados na área envolvente ao Palácio de Justiça de Famalicão, contrariando decisão anterior.

Em comunicado, a porta-voz da concelhia do Pessoas-Animais-Natureza refere que, em 2022, após após várias propostas enviadas no âmbito da consulta pública, nomeadamente do próprio partido, a Câmara Municipal deliberou que “a parcela B do terreno em causa, onde agora é anunciado a abertura de mais um hipermercado, deixaria de ter uso exclusivo para comércio, algo reivindicado nas participações”.

“Este caso revela que as consultas públicas não passam de um tapar de olhos sobre um suposto interesse desta maioria de direita em ouvir a população famalicense”, afirma Sandra Pimenta.

Lembrando os “graves problemas de acesso à habitação”, a responsável diz que a construção naquela zona “deveria focar a habitação a custo acessível”, como o PAN sugerira.

“Além de não aceitarem as nossas propostas, ainda contrariam o deliberado na altura. Isto é grave e incompreensível”, declara, exigindo do Executivo, presidido pelo social-democrata Mário Passos, “um cabal esclarecimento sobre os fundamentos desta alteração”. Adianta que o PAN, a 29 de Janeiro, endereçou um ofício a solicitar esclarecimentos, não tendo até ao momento recebido qualquer resposta.

“ARROGÂNCIA”

Sandra Pimenta considera de “uma arrogância total” a declaração do autarca ao jornal Notícias de Famalicão de que “algumas pessoas estão a ter dificuldade em acompanhar o desenvolvimento”.

“Além de não cumprir com a palavra ainda vem tentar passar um atestado de estupidez às pessoas”, afirma Sandra Pimenta.

“Pedir a participação dos e das famalicenses nesta discussão pública, alegadamente reconhecer o valor das suas sugestões e acabar por fazer tábua-rasa das mesmas é alimentar a descrença nas instituições, passar um atestado de menoridade aos e às famalicenses, promover frustrações e alimentar a onda crescente de populismo que varre o país. É um mau trabalho para o concelho e corrói a democracia local”, remata Sandra Pimenta.

Foto: Notícias de Famalicão

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