A Concelhia de Famalicão do PAN voltou a questionar o município sobre a desflorestação de uma das “últimas áreas arbóreas” da freguesia de Lousado, entre a Rua das Cavadas e a Rua Continental Mabor.
A porta-voz do partido questiona ainda o presidente da autarquia, o social-democrata Mário Passos, sobre a eventual intenção da Continental em construir mais uma unidade industrial confrontante com um núcleo habitacional.
Segundo Sandra Pimenta, após a disponibilização para consulta pública da revisão do PDM, “verifica-se a intenção da eliminação de todas as áreas florestais de Lousado”. “Podemos assim concluir que o cerco industrial à população de Lousado ficará completo depois do período de consulta pública, pois sabemos que a consulta pública não passa de uma mera formalidade para este Executivo”, diz.
Para o Pessoas-Animais-Natureza, “a população de Lousado e a real sustentabilidade social e ambiental estão completamente ameaçadas e que esta tomada de decisões constitui um real atentado à saúde pública, através da inexistência total de capacidade de combate aos impactes ambientais, nomeadamente no que diz respeito à qualidade do ar, mas também à redução massiva de áreas verdes, lembrando que o projecto da Medway irá ter um grande impacto na freguesia”.
“Lembramos que esta é uma população fortemente afectada pela emissão de odores associados à produção industrial que se faz sentir dentro do seu território, sendo que esta problemática tende a agravar-se quando eliminamos fugazmente todo a mancha arbórea do território, substituindo-a por armazéns e alcatrão sem qualquer tipo de planeamento associado”, acrescenta a porta-voz concelhia.
É neste contexto que o PAN endereçou um conjunto de perguntas ao Executivo, com o objectivo de esclarecer que “tipo de construção eventualmente irá ser projectada para aquele espaço, deixando preocupações sobre o constante desequilíbrio ambiental, que coloca em causa a qualidade de vida das pessoas, e compromete o futuro de todos e todas nós”.