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CULTURA -

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«Para além de um privilégio, este prémio é uma responsabilidade»

A Casa da Tapada, em Fiscal – local onde outrora viveu o poeta e humanista Francisco de Sá de Miranda – acolheu, este sábado, a cerimónia de entrega do Prémio Literário Francisco de Sá de Miranda, dedicado a uma das maiores figuras da área das letras. O vencedor da primeira edição, o escritor Nuno Júdice, (que concorreu com a obra “O Mito da Europa”), apontou que «para além de um privilégio, este prémio é uma responsabilidade».

«Há prémios que tocam mais, sobretudo quando não se está à espera. Este prémio veio numa altura em que andava a conviver com a memória de Sá de Miranda», afirmou.

Durante a sua intervenção, Nuno Júdice destacou ainda que «cada prémio tem a sua identidade e neste caso, a escolha de Sá de Miranda honra-me de forma muito particular. Em Sá de Miranda há um aspecto para mim fundamental num poeta. A ligação com a terra».

«Sá de Miranda sempre esteve presente nas minhas escolhas e para além de um privilegio, este prémio é uma responsabilidade», concluiu.

«PRIMEIRA EDIÇÃO DO PRÉMIO NÃO PODERIA COMEÇAR DE FORMA MAIS AUSPICIOSA»

O Presidente do Júri, o professor Sérgio Guimarães Sousa, apontou que «não obstante ao elevadíssimo número de participantes, a decisão do Júri não foi só unânime como surgiu ao fim de poucos minutos».

Quanto ao autor, Sérgio Guimarães Sousa referiu que este possui «uma carreira literária de elevadíssimo prestígio, toda ela comprometida com a excelência. A primeira edição do prémio literário Francisco Sá de Miranda não poderia começar de forma mais auspiciosa».

A sessão de entrega do prémio contou ainda com vários momentos, entre eles, um recital de poesia pelos alunos da Oficina de Leitura Ler+, da Escola Secundária de Amares, que assim leram alguns excertos do livro “O Mito da Europa”; diversos momentos musicais, interpretados por Luís Capela; e a recitação de um poema, por Fabíola Lopes, ao som da viola braguesa – pelo dedilhar de Luís Capela.

No final foi servido um Verde D’Honra a todos os presentes.

HOMENAGEM A AGOSTINHO DOMINGUES E APRESENTAÇÃO DO PRIMEIRO BOLETIM CULTURAL DE AMARES

A cerimónia ficou também marcada pela homenagem ao professor e historiador Agostinho Domingues, a quem foi atribuída, a título póstumo, a Medalha de Mérito Municipal e pela apresentação da primeira edição do Boletim Cultural de Amares.

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