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PCP pede fim de “profundo estado de hipocrisia e cinismo” de Portugal sobre crise em Gaza

O secretário-geral do PCP disse esta quinta-feira ter transmitido ao Presidente da República que Portugal não pode manter-se num “profundo estado de hipocrisia e cinismo” sobre a crise em Gaza, exigindo mudanças na posição do Governo português. Sobre uma eventual revisão da Constituição, Paulo Raimundo diz que é “uma fuga para a frente”.

Após uma audiência com o Presidente da República no Palácio de Belém, Paulo Raimundo disse aos jornalistas que transmitiu a Marcelo Rebelo de Sousa que “não é possível continuar calado” e num “profundo estado de hipocrisia e cinismo” em relação à crise humanitária vivida na Faixa de Gaza.

O líder do PCP disse estar em curso um genocídio que tem como cúmplices a União Europeia, os Estados Unidos e a NATO, acrescentando que o Governo português tem “a obrigação de fazer mais do que tem feito”.

Esta quarta-feira, o Presidente da República afirmou que acompanha as preocupações do primeiro-ministro, Luís Montenegro, em relação a Gaza e o apelo à entrada de ajuda no território, feito também pelo Papa Leão XIV. Essa posição foi assumida depois de o primeiro-ministro, Luís Montenegro, ter dito que a situação humanitária que se vive é “absolutamente intolerável”.

REVISÃO CONSTITUCIONAL

Paulo Raimundo, considerou que considerou que a intenção manifestada pela IL de abrir um processo de revisão constitucional representa “uma fuga para a frente”.

Questionado sobre se o PCP participará no processo de revisão constitucional, Raimundo frisou que “não há nenhum processo aberto” e que “não será certamente” pelo seu partido que esse processo avançará.

Embora não seja uma matéria prioritária, “é sempre possível melhorar o texto constitucional”, acrescentou.

O PCP não tem problemas com a “letra da Constituição”, mas com o facto de o texto fundamental “não ser uma realidade na vida de cada um”, disse.

“Se aqueles que estão tão preocupados, e que querem empenhar tanto tempo e tanto esforço a alterar a Constituição, se empenhassem na sua concretização, a vida da maioria daqueles que vivem e trabalham no nosso país estaria muito melhor”, atirou, depois de sublinhar os direitos constitucionais sobre habitação e o papel do Serviço Nacional de Saúde.

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Foto Presidência

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