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ESCOLAS (Ecrãs)

ESCOLAS (Ecrãs) -
Petição contra excesso de ecrãs nas escolas entregue hoje na AR

Deu hoje entrada na Assembleia da República uma petição contra o excesso de ecrãs nas escolas. O documento reuniu mais de quatro mil assinaturas.

A petição apela ao fim do projeto-piloto de manuais digitais nas escolas. Pede para para ser apreciada pela comissão parlamentar de Educação.

A iniciativa pertence ao Movimento Menos Ecrãs, Mais Vida e intitula-se “Contra a excessiva digitalização no ensino e a massificação dos manuais escolares digitais”.

Nesta estão reunidas 4.133 assinaturas, conseguidas em três meses. Será, agora, apreciada pela comissão parlamentar, em debate.

As petições subscritas por mais de 2.500 cidadãos são apreciadas em comissão parlamentar, podendo depois daí resultar a comunicação ao ministro para eventual medida legislativa ou administrativa ou a apresentação, por um deputado ou grupo parlamentar, de um projeto de lei ou de resolução sobre a matéria.

O Ministério da Educação lançou o projeto de substituição de manuais em papel por livros digitais de forma gradual em 2020/2021.

Este é voluntário e conta com cada vez mais estabelecimentos de ensino.

No presente ano são 23.159 alunos do 3.º ao 12.º anos em cerca de 160 escolas de todo o país.

Ainda assim, há pais e professores contra. Há três meses, Catarina Prado e Castro lançou a petição, defendendo que os livros em papel são «recursos mais saudáveis e eficazes para todas as crianças».

«Especialistas das mais variadas áreas, desde a neurociência, à oftalmologia, psicólogos ou professores, têm alertado para a exposição e o uso excessivo de ecrãs, mas a escola decidiu aumentá-lo, sem perguntar aos pais nem aos professores», aponta a autora, em declarações à Lusa.

«Aprender através de um ecrã prejudica as aprendizagens, porque diminui a capacidade de leitura, de atenção e de memorização», finaliza.

Para além da petição, os subscritores estão a dinamizar um inquérito sobre as perceções dos encarregados de educação de alunos integrados no projeto-piloto.

Os resultados serão divulgados este mês.

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