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Petição contra projeto de Parque Eólico de Arcos de Valdevez e eventual nova linha a passar em Amares e Terras de Bouro

Mais de 3.500 pessoas já subscreveram uma petição online contra o projeto de construção do Parque Eólico de Arcos de Valdevez, que está previsto para Sistelo e que poderá incluir uma nova linha de muito alta tensão que atravessará vários territórios, entre os quais dos concelhos de Amares, Terras de Bouro e Vila Verde. A fase de consulta pública do projeto termina esta sexta-feira (16 de maio).

“O projeto em causa, promovido pela empresa Madoqua IPP, prevê a instalação de 32 aerogeradores, cada um com uma altura de torre de 112 metros e diâmetro de rotor de 175 metros. A operação destes equipamentos implicará a emissão de níveis sonoros entre 92 dB(A) e 106,9 dB(A), valores considerados significativamente elevados, com impactos potenciais na saúde pública e no bem-estar das populações, bem como na fauna local, numa zona cujo elevado valor patrimonial e ambiental levou à sua inclusão em diversos âmbitos de proteção legal, que a seguir descreveremos, e com o qual este projeto se demonstra incompatível”, refere a petição.

Os signatários assinalam que “as freguesias que sofrerão maior impacto são Sistelo, Cabreiro, Gavieira, União de Freguesias de Álvora e Loureda e União de Freguesias de Portela e Extremo (no concelho de Arcos de Valdevez) e Merufe, Tangil, Riba de Mouro e a União de Freguesias de Anhões e Luzio (no concelho de Monção) – áreas integradas em zonas montanhosas de elevado valor ecológico e integradas em baldios comunitários tradicionalmente geridos pelas populações locais, e essenciais para a atividade económica local, relacionada com o pastoreio extensivo”.

Além disso, “a infraestrutura elétrica prevista — incluindo uma linha de muito alta tensão — afetará” “dezenas de outras freguesias dos distritos de Viana do Castelo (concelhos de Arcos de Valdevez, Monção, Melgaço e Ponte da Barca), Braga (concelhos de Amares, Póvoa de Lanhoso, Terras de Bouro, Vieira do Minho, Vila Verde, Braga, Guimarães e Vila Nova de Famalicão) e Vila Real (concelho de Montalegre)”.

“Esta linha atravessaria uma área estimada em cerca de 76.289 hectares, parte da qual já recentemente foi afetada pela linha de muito alta tensão Ponte de Lima–Fonte Fria, agravando o impacto cumulativo sobre estas regiões”, refere o documento.

Ao que o jornal “O Amarense” apurou, também os praticantes de parapente têm manifestado a sua preocupação, uma vez que, consideram, as novas linhas “poderão afetar as descolagens de Gomide [Vila Verde] e Caldelas [Amares]”.

A discussão pública do projeto é feita online (AQUI).

Já esta quinta-feira, a Câmara de Arcos de Valdevez anunciou o seu “parecer desfavorável” à instalação do parque eólico em Sistelo.

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