A PJ realizou esta terça-feira buscas em locais ligados a equipas de ciclismo no âmbito da operação ‘Prova Limpa’, confirmou à Lusa fonte ligada à investigação, esclarecendo que o objectivo “principal foi a recolha de prova, nomeadamente documentação”.
A mesma fonte detalhou que a PJ “realizou buscas em vários pontos do país, em simultâneo, em locais ligados a equipas de ciclismo, no âmbito da operação ‘Prova Limpa’”, tendo estas “como objectivo principal a recolha de prova, nomeadamente de documentação e não a detenção de qualquer suspeito”.
As buscas acontecem a dois dias do arranque da 83.ª Volta a Portugal em bicicleta, que está na estrada entre quinta-feira e 15 de Agosto.
No final de Abril, 10 corredores da W52-FC Porto foram constituídos arguidos e o director desportivo da equipa, Nuno Ribeiro, foi mesmo detido, assim como o seu adjunto, José Rodrigues, no decurso da operação ‘Prova Limpa’, a cargo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) do Porto.
“A operação policial, envolvendo um total de cerca de 120 elementos provenientes da Directoria do Norte e ainda das directorias do Centro e do Sul, da Unidade Nacional de Combate à Corrupção e dos Departamentos de Investigação Criminal de Braga, Vila Real e Guarda, contou ainda com a colaboração da ADoP”, detalhou a PJ, em 24 de Abril, indicando que durante a mesma “foram apreendidas diversas substâncias e instrumentos clínicos, usados no treino dos atletas e com impacto no seu rendimento desportivo”.
A União Ciclista Internacional (UCI) retirou, na semana passada, a licença desportiva à W52-FC Porto, depois de oito dos seus ciclistas, além de dois elementos do staff terem sido suspensos preventivamente pela Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP).