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Portugal vive onda de calor que dura há 10 dias nalgumas regiões

Portugal continental está a passar por uma onda de calor que só termina esta terça-feira e que, em alguns locais, dura há 10 dias, disse à Lusa fonte do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Uma onda de calor acontece quando as temperaturas são cinco graus celsius (5ºC) acima da média durante pelo menos seis dias consecutivos.

Tal é o que está a acontecer no continente, explicou à Lusa o meteorologista Jorge Ponte, do IPMA.

No entanto, a partir de quarta-feira, todo o continente deixa de estar em onda de calor, com descida de temperatura generalizada e alguma precipitação fraca a norte e centro, prevendo-se que as temperaturas voltem a subir no final da semana.

Segundo o responsável, temperaturas acima da média durante seis dias foram sentidas em todo o país, mas há regiões, especialmente no Alentejo, que estão com 10 dias de temperaturas cinco graus acima da média para a época.

Questionado pela Lusa sobre se é comum esta situação, o responsável disse que é inegável que as temperaturas estão acima da média, mas não disse que tal seja excepcional.

“É uma situação que não é muito comum, mas pode acontecer em Abril. Com esta durabilidade é que não será tão comum”, afirmou.

Jorge Ponte explicou que Abril está a ser um mês quente e seco, apesar das previsões de alguma precipitação a norte e centro. Mas como a descida da temperatura é pontual, no fim de semana as previsões indicam valores da temperatura superiores aos actuais.

Nos próximos três dias, explicou, as temperaturas vão descer para valores normais para a época.

Segundo o último boletim climatológico do IPMA, a situação de seca meteorológica aumentou em Portugal continental durante o mês de Março, piorando na região sul.

A 31 de Março, 48% do território encontrava-se em seca meteorológica, enquanto no último dia de Fevereiro a percentagem era de 28%.

De acordo com o IPMA, verificou-se um aumento da intensidade da seca meteorológica na região sul, destacando-se os distritos de Setúbal e Beja e alguns locais do sotavento algarvio, que se encontram na classe de seca severa.

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