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Póvoa de Lanhoso vai investir 11 milhões de euros na construção de 64 habitações

O município da Póvoa de Lanhoso vai investir 11 milhões de euros na construção de 64 habitações no âmbito da Estratégia Local de Habitação, enquadrada no programa 1º Direito, financiado pelo PRR. O processo está em marcha e vão ser construídas  38 casas em Fontarcada e 26 em Monsul.

A habitação «é um tema importante», reconhece Frederico Castro. «Os municípios não têm habitação própria para corrigir algumas debilidades que temos sentido de há uns anos para cá. Há mais pressão no setor imobiliário e as famílias sentem dificuldade em encontrar uma solução», revela.

Destaca que «o programa do 1º Direito, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), para nós foi uma oportunidade importante». Inseridos no mesmo, o Município apresentou «candidatura para 38 fogos na freguesia de Fontarcada e para 26 fogos na freguesia de Monsul, ou seja, em dois pontos diferentes, para ser equilibrado, precisamente para passarmos a ter soluções com resposta diferente», explica. «Estamos a falar em cerca de 11 milhões de euros nos fogos que referi e na requalificação, também, de habitação social que já tínhamos no concelho», acrescenta.

Frederico Castro destaca a diferença entre bairros e habitações sociais e parque social de habitação. Este último «tem um regulamento que prevê que só possam candidatar-se famílias a residir na Póvoa de Lanhoso num período já pré-definido, estamos a falar de valores de renda de mercado, não estamos a falar de valores simbólicos», adverte. «Está pensado para as famílias de classe média. Vamos admitir que um T3 que custe 400 euros na Póvoa de Lanhoso possa ser arrendado mais ou menos, mais para menos, dentro desses valores», aponta. O importante é que vão «dar oferta».

EXECUTAR EM DOIS ANOS 

«Na Fontarcada, o projeto tem contrato assinado, tivemos um concorrente, parecendo pouco, é boa notícia, há muitos contratos pelo país fora sem efeito», explica. Para Monsul, aprovamos o concurso público que vai ser lançado brevemente e que espero que tenha concorrentes e interesse», vinca.

«As políticas públicas de habitação estão a ser muito discutidas e é um tema que veio para ficar», defende Frederico Castro. «O que verificamos é que há um número significativo de famílias que, de há dois, três anos para cá, estão a sentir a pressão dos proprietários que, percebendo que há mais procura do que oferta, vão atualizando os preços, mais altos, o que provoca dificuldades às famílias de classe média», descreve.

O autarca vinca, ainda, que «não está a ser construída habitação para pessoas de fora, toda a gente tem direito à dignidade, mas esta vai estar regulamentada que prevê que sejam direcionadas às famílias da Póvoa de Lanhoso», garante.

«A Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso não podia perder o PRR. Era necessário aproveitar, acho que fizemos bem, a esmagadora maioria dos municípios do país fizeram o mesmo, o que acho que ajudará a aproximar da média europeia de habitação pública, porque de momento estamos muito abaixo», aponta ainda.

Para Frederico Castro, o ideal é que este seja «só o primeiro passo». «Espero que os Governos continuem a criar condições, a investir na habitação pública», completa. Para a sua terra, diz-se «muito expectante e satisfeito» por prever que, «em dois anos, teremos os imóveis disponíveis», termina.

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