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BENS ALIMENTARES

BENS ALIMENTARES -
Peixe está mais caro. Carapau, pescada, peixe-espada-preto e robalo com maior aumento de preço na última semana

Seis das oito variedades de peixe que a DECO PROteste monitoriza encareceram na última semana. O carapau, a pescada, o peixe-espada-preto e o robalo são os produtos com maior subida de preço, em 5% ou mais.

Seis das oito variedades de peixe monitorizadas pela DECO PROteste aumentaram o preço, entre 12 e 19 de março. São o carapau, a pescada, o peixe-espada-preto e o robalo, sendo ainda os produtos com os maiores aumentos percentuais da última semana no cabaz de 63 bens essenciais. 

Assim o período aumentou 2,05% na última semana. Segundo a Deco, «uma cesta com um quilo de oito diferentes variedades de peixe pode agora custar 82,93 euros». O carapau, a variedade cujo preço mais aumentou, custa agora, em média, 4,81 euros por quilo, mais 55 cêntimos, sendo 13% mais caro do que há uma semana.

Cabaz de alimentos também está mais caro

Na sua monitorização, a Deco avança que também os 63 bens essenciais do seu cabaz alimentar encareceram. O conjunto de produtos custa agora 236,95 euros, mais 1,21 euros (0,51%) do que há uma semana. Ainda assim, há um ano, este cabaz custava mais 1,41 euros (mais 0,59 por cento). Em relação a 5 de janeiro de 2022, quando a DECO PROteste iniciou a análise, o cabaz custava menos 49,25 euros  (26,24 por cento).

Esta semana, além dos peixes, os maiores aumentos percentuais de preço registaram-se em produtos como os cereais de fibra (mais 15%), o tomate (mais 10%) e os flocos de cereais (mais 8 por cento).

Ao comparar com os preços da primeira semana de 2025, as maiores subidas de preço foram as dos flocos de cereais (mais 19%), do tomate (mais 15%) e do salmão (mais 13 por cento).

Em relação a 5 de janeiro de 2022, as maiores subidas de preço foram as da carne de novilho para cozer (mais 84%), dos flocos de cereais (mais 62%) e da polpa de tomate (mais 61 por cento).

A Deco analisa, todas as quartas-feira, o custo total de um cabaz, com produtos essenciais e com base em preços do dia anterior nos principais supermercados com loja online. 

Primeiro, calcula o preço médio por produto em todas as lojas online do simulador, em que se encontra disponível e, depois, somando o preço médio de todos os produtos, obtém o custo do cabaz para um determinado dia. 

Preço do cabaz aumentou 2,56 euros desde o fim do IVA zero

A 27 de março de 2023, o Governo aprovou a isenção de IVA num cabaz com mais de 40 alimentos entre 18 abril de 2023 e 4 de janeiro de 2024.

Esta lista de produtos com IVA zero foi definida com base nas recomendações da Direção-Geral da Saúde, incluindo os alimentos mais consumidos pelas famílias em Portugal.

De acordo com a DECO PROteste, desde o último dia de isenção de IVA nos alimentos, o cabaz de 41 alimentos que tiveram IVA zero aumentou o preço em  2,56 euros (mais 1,80%), de 141,97 euros para 144,53 euros, a 19 de março de 2025.

A dourada, a carne de novilho para cozer e o atum posta em azeite foram os produtos que registaram as maiores subidas de preço desde 4 de janeiro de 2024, com aumentos de 38%, 30% e 29%, respetivamente.

A Deco avança que «a invasão da Rússia à Ucrânia, de onde eram provenientes grande parte dos cereais consumidos na União Europeia (e em Portugal) veio pressionar o setor agroalimentar, que estava há já vários meses a braços com as consequências da pandemia de covid-19 e da seca», aponta.

Assim,  «a limitação da oferta de matérias-primas e o aumento dos custos de produção, nomeadamente dos fertilizantes e da energia, necessários à produção agroalimentar, refletiu-se, por isso, num incremento dos preços», afirma.

Ainda, estes consecutivos aumentos dos preços ao consumidor, nomeadamente na alimentação, contribuíram para o aumento da taxa de inflação para níveis históricos em 2022.

No entanto, de acordo como Instituto Nacional de Estatística (INE), citado pela Deco, no final de 2024, a taxa de inflação média anual terá ficado nos 2,4%, estando abaixo dos 4,3% de 2023 e dos 7,8% de 2022.

Agora, no início de 2025, a taxa de inflação do País voltou a desacelerar, descendo dos 3% registados em dezembro para 2,5% em janeiro e para 2,4% em fevereiro.

[email protected]

Com DECO PROteste

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