O preço médio de venda de casas em Portugal disparou para os 414 mil euros em apenas um ano e as rendas estabilizaram nos 1.300 euros. Os locais mais caros continuam a ser Lisboa, Faro e as Ilhas. São os resultados do barómetro mensal do portal imobiliário Imovirtual.
Em Portugal, o preço médio de venda das casas subiu para 414.000 euros, sendo uma valorização de 4% face a abril (399.000 euros) e de 18% face a maio de 2024 (349.900 euros). A tendência de subida mantém-se, embora com sinais de estabilização em algumas zonas.
No Norte, os preços continuam a subir de forma moderada, com alguns distritos a registar crescimentos consistentes. Braga e Aveiro atingiram os 340.000 euros, com aumentos anuais superiores a 15% e subidas mensais de 2% e 1%, respetivamente.
O Porto aproximou-se da barreira dos 400.000 euros, fixando-se nos 395.000 euros, o que representa um crescimento de 14% em termos anuais. Viana do Castelo também valorizou 13%, atingindo os 287.000 euros.
Já Bragança manteve-se nos 110.000 euros, acumulando uma quebra anual significativa de 13%. Vila Real recuou ligeiramente (1%) para 174.000 euros, enquanto Viseu desvalorizou 2,56% face ao mês anterior, situando-se nos 190.000 euros, ainda assim com um crescimento de 6% face ao mesmo período de 2024.
Guarda registou uma descida mensal de 2%, passando para 97.500 euros, embora apresente uma valorização anual de mais de 20%.
Lisboa continua a ser o distrito mais caro, com um preço médio de 650.000€, refletindo uma subida de 4% no último mês e de 33% face ao ano passado. Já Coimbra ultrapassou a marca dos 250.000 euros, com uma valorização anual de 26% e mensal de 2%.
Santarém seguiu esta tendência, crescendo 3% no mês e 28% em termos anuais, fixando-se nos 237.000 euros. Leiria registou um aumento anual de 13%, chegando aos 299.000 euros, enquanto Castelo Branco se manteve praticamente estável, com 84.500 euros, apresentando uma variação anual ligeira de 2%.
No Sul, os preços continuaram a subir de forma consistente com Faro a atingir os 535.000 euros, mantendo-se como o segundo distrito mais caro da região continental, com um crescimento anual de 22%. Évora registou uma subida mensal de 4%, alcançando os 259.000 euros, o que representa uma valorização anual de mais de 23%.
Setúbal valorizou 2% no mês e 22% no último ano, atingindo os 440.000 euros. Beja registou um aumento mensal de 5%, fixando-se agora nos 183.000 euros, com uma subida de 26% face a maio de 2024 e Portalegre manteve-se estável nos 120.000 euros, consolidando um crescimento anual de 26%.
Nas Ilhas, a evolução foi marcada por fortes variações. A Ilha de São Miguel valorizou 7% no último mês, atingindo os 385.000 euros, o que representa um aumento de 38% em termos anuais. A Madeira fixou-se nos 590.000 euros, com um crescimento anual de 24%.
Rendas ficam estáveis por todo o país
O valor médio das rendas em Portugal manteve-se nos 1.300 euros, igual a abril, mas representa regista aumento de 4% face a maio de 2024, quando rondava os 1.250 euros. Embora a média nacional se mantenha estável, os dados mostram dinâmicas distintas entre regiões.
No Norte, os preços médios de arrendamento continuam a refletir disparidades entre os diferentes distritos. Braga registou uma descida tanto mensal (2%) como anual (3%), fixando-se agora nos 875 euros.
Guarda destacou-se pelo crescimento mais expressivo, com uma subida mensal de 2%, atingindo os 560 euros, e um aumento anual significativo de 47%. Vila Real manteve-se nos 600 euros, o que representa uma valorização de 50% face ao ano anterior.
O Porto atingiu os 1.200 euros, voltando aos níveis de março, com uma subida mensal de 4%. Já Bragança subiu 5% em relação a abril (de 500 euros para 525 euros), mas ainda apresenta uma descida de 5% em relação a maio de 2024. Aveiro (900 euros) e Viana do Castelo (800 euros) mantiveram-se estáveis face ao mês anterior.
Na região Centro, Coimbra destaca-se com a maior subida mensal, fixando-se nos 795 euros, um crescimento de 6% quer em termos mensais como anuais. Leiria apresentou uma ligeira subida de 2%, atingindo os 813 euros, enquanto Santarém manteve os 800 euros, com uma valorização de 7% face ao ano anterior.
Lisboa registou uma quebra mensal de 2%, descendo para 1.670 euros, embora continue a ser a região com o arrendamento mais elevado do país. Já Castelo Branco registou uma descida mais acentuada, passando de 600 euros para 550 euros (8% mensal e 4% anual).
No Sul, Faro voltou a liderar como o distrito com os valores mais elevados de arrendamento, atingindo os 1.300 euros, o que representa um aumento anual de 37% e uma subida ligeira de 2% em relação a abril. Setúbal também subiu 4%, atingindo os 1.250 euros, enquanto Évora aumentou 5%, fixando-se nos 895 euros. Beja manteve-se nos 700 euros, com uma variação anual positiva de 8%. Já Portalegre registou uma subida expressiva de 15%, passando de 500 euros para 575 euros, representando uma valorização anual de 5%.
A Ilha da Madeira registou um crescimento mensal de 7%, fixando-se nos 1.600 euros, mantendo-se como a segunda zona mais cara do país para arrendar. Em sentido contrário, a Ilha de São Miguel apresentou uma quebra mensal de 11%, estando agora nos 800 euros, o que representa também uma descida de quase 6% em relação ao ano anterior.