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Professores escrevem à Câmara e ao Governo a reivindicar obras urgentes na Secundária de Amares

Cerca de uma centena de professores subscreveram um documento, remetido ao presidente da Câmara de Amares, Manuel Moreira, e ao ministro da Educação, Fernando Alexandre, a reivindicar a realização de obras urgentes na Escola Secundária de Amares (ESA), que completou recentemente 40 anos e que se encontra muito degradada.

“Todos os dias mais de 1.000 alunos, professores e funcionários encontram-se na ESA para aquela que devia ser a prioridade de qualquer comunidade: a valorização e o sucesso educativo dos seus jovens. Apesar disso, a ESA não tem merecido a atenção e o cuidado prioritário de quem tem tido a responsabilidade pelas suas instalações”, refere o documento.

Os professores mostram-se “extraordinariamente” preocupados com o estado de degradação a que chegaram as instalações da escola “nos múltiplos espaços de trabalho e lazer, mas, sobretudo, nas salas de aula, prejudicando as condições de aprendizagem dos jovens de Amares”.

“Há mais de 15 anos que ouvimos sucessivos anúncios – nunca concretizados – de que iriam realizar-se obras de requalificação na ESA, mas, em concreto, verificamos que nada avança, que esta situação já se prolonga há demasiado tempo e que continua sem solução à vista”, acrescentam.

CHOQUE E INDIGNAÇÃO

Os subscritores sublinham que foi “com profundo choque e indignação” que souberam que a escola não seria intervencionada ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o que receiam ter sido a “última oportunidade” de fazer as obras. “Com um permanente empurrar de (ir)responsabilidades, continuamos a assistir à degradação das condições de aprendizagem dos jovens de Amares”, frisam.

Por isso, os professores asseguram que se sentem no direito de “questionar acerca das razões que motivam estes sucessivos adiamentos” e destacam o papel da Direção do Agrupamento de Escolas, que “tem alertado, repetidamente, para a gravosa situação” do estabelecimento escolar.

“Resta concluir que nem todos têm assumido, da mesma forma, as suas responsabilidade, revelando enorme desrespeito por esta comunidade educativa: funcionários, professores, alunos, pais e encarregados de educação”, vincam.

A missiva termina com os subscritores a reclamar, quer da parte da Câmara Municipal, quer do Governo, a “resolução definitiva desta situação, não a deixando perpetuar-se no tempo”. “Os que aqui estudam e trabalham, todos os dias, sentem que o trabalho que desenvolvem no espaço da ESA merece ser dignificado”, conclui o texto.

CÂMARA ESPERA DE VERBAS

Em declarações recentes ao jornal “O Amarense”, o presidente da Câmara de Amares, Manuel Moreira, disse que a Escola Secundária está num “estado lastimável” em termos infraestruturais, mas lembrou que a autarquia apenas assumiu a posse do edifício em 2022 – que até então estava sob tutela do Estado – e sublinhou que o município aguarda que seja desbloqueado o financiamento para poder avançar com a requalificação.

“A escola precisa de obras há muitos anos, não é de agora. Em 2022, quando recebemos as competências da Educação ao abrigo da descentralização, ficou assumido que a escola seria intervencionada através de uma candidatura e que a Câmara apenas pagaria metade da componente nacional, ou seja, 7,5%”, explicou o autarca.

Manuel Moreira lembrou que o município apresentou um projeto de requalificação de cerca de nove milhões de euros à linha aberta pelo Governo, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que não foi contemplado. A expectativa é que a obra seja agora financiada através de uma linha de crédito contratualizada pelo Governo junto do Banco Europeu de Investimento (BEI).

“Estamos à espera de assinar o contrato para obtermos o financiamento e depois lançamos a obra a concurso, porque o projeto está pronto”, garantiu Manuel Moreira.

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