O ‘Parque da Boavista’, em Palmeira, foi distinguido esta quarta-feira com o Prémio Municipal de Reabilitação Urbana na categoria de edificação – obra de restauro e de reabilitação. Na categoria de nova edificação o prémio foi atribuído ao projecto ‘Casa das Gelosias – Uma interpretação do Tradicional’.
A cerimónia de entrega do Prémio Reabilita Braga, com o apoio da revista ‘Vida Imobiliária’, decorreu esta quarta-feira, na Colunata de Eventos, no Bom Jesus. A distinção dá destaque a projectos de qualidade arquitectónica, integração urbanística e paisagística que representem uma mais-valia para a preservação e valorização do património arquitectónico do concelho.
Segundo Ricardo Rio, presidente da Câmara de Braga, o prémio é um instrumento importante para estimular e divulgar ´boas práticas de intervenção´. “Com este prémio assumimos o desafio de reconhecer publicamente o trabalho de quem contribui para a reabilitação da cidade”, referiu, lembrando o “período auspicioso do ponto de vista da reabilitação urbana que Braga tem vivido”.
Na categoria de edificação o júri atribui prémios no valor de 10 mil euros, para a subcategoria reabilitação e restauro, e de 5 mil, no caso da subcategoria nova edificação.
No que se refere à categoria de investigação, o júri do Prémio Reabilita Braga decidiu não atribuir a distinção de modo a poder, numa futura edição, satisfazer os requisitos regulamentares e a finalidade do concurso, salvaguardando a oportunidade de os concorrentes voltarem a apresentar-se.
BOAS PRÁTICAS
O projecto ´Parque da Boavista´ consistiu no processo de reabilitação de um edifício construído nos princípios do século XX, distinguindo as boas práticas de reabilitação urbana seguidas, sobretudo a capacidade de manutenção da identidade da casa, dada a sua grande qualidade de construção e o seu enquadramento histórico, e a adequação da nova ocupação da casa ao espaço pré-existente. O promotor/dono de obra é Jorge Filipe da Maia Oliveira Ferreira, o arquitecto Maria Teresa Linhares Carrilho da Maia Ferreira e o construtor a empresa AOF – Augusto Oliveira Lda.
Já a ‘Casa das Gelosias – Uma interpretação do Tradicional’ é uma moradia unifamiliar situada na Rua do Burgo, S. Vicente. O ponto de partida da intervenção foi uma parcela com uma área de 122m2 em estado de ruína, existindo apenas a fachada principal e paredes meeiras.
A proposta de reconstrução integrou a fachada pré-existente e apropriou-se do espaço deixado disponível. O novo alçado integra um sistema de “gelosias”, herança construtiva da arquitectura vernacular existente em Braga entre o séc. XVII/XVIII. Os promotores / Donos de Obra são Carlos Campos e Dalila Campos, a arquitecta Marta Campos e o construtor a empresa Norte Magnético – Reabilitação e Investimentos Imobiliários, Lda.