O PS e o PAN repudiam a pichagem de uma cruz suástica e do número 1143 – data da fundação de Portugal – que apareceram sábado nas portas e numa parede próxima do estabelecimento comercial de um imigrante do Bangladesh, em Guimarães.
Em comunicado, o PS e o seu grupo na Assembleia Municipal de Guimarães declaram o “repúdio cabal e inequívoco aos actos racistas e xenófobos de vandalismo a uma loja propriedade de imigrantes”.
“As manifestações de intolerância são um atentado à dignidade humana e devem ser condenadas enquanto violações dos direitos humanos e liberdades fundamentais proclamados na Declaração Universal dos Direitos Humanos”, afirmam os socialistas.
O PS, referindo que Guimarães é um “concelho e uma cidade livre, um concelho e uma cidade do mundo”, sublinha o “profundo respeito e gratidão aqueles que nos escolheram para procurar uma vida melhor para si e para as suas famílias”.
“Em Guimarães não toleraremos a intolerância e não permitiremos que se destrua o respeito por todos, independentemente da sua origem, religião ou estrato social, ou a boa convivência entre os vimaranenses e todos os cidadãos do mundo que, em conjunto e em comunidade, enriquecem e engrandecem Guimarães e nos transformam todos os dias num concelho e numa cidade de futuro”, lê-se no comunicado, que termina com uma citação de Salgado Zenha:” não há liberdade sem tolerância”.
XENOFOBIA
Por sua vez, a Distrital de Braga do PAN repudia “fortemente esta acção xenófoba, de intolerância e falta de empatia”.
O partindo considera o caso “atentado aos valores democráticos que guiam a nossa sociedade e devem ser tomadas as devidas diligências”.
“Quem adormece em democracia, acorda em ditadura”, remata co comunicado do Pessoas-Animais-Natureza.
As pichagens foram removidas durante a manhã de sábado pela empresa municipal Vitrus.
Ao Grupo Santiago, a PSP assegurou que irá “participar o assunto superiormente”.
Fotos: Grupo Santiago