Search
Close this search box.
Search
Close this search box.
PAÍS

PAÍS -
PSD quer alerta automático sobre quem consulta o património dos políticos

O PSD pretende que os titulares de cargos políticos sejam obrigatoriamente informados sobre a identidade de quem consultou elementos da sua declaração de património. Pretende também a faculdade de permitir (ou não) que a Entidade para a Transparência (EtP) confirme directamente com o Fisco, Segurança Social ou Banco de Portugal informação sobre rendimentos, activos e passivos na sua declaração, apontou esta sexta-feira o jornal ‘Público’.

Os social-democratas pretendem uma revisão ao regime do exercício de funções por titulares de cargos políticos e altos cargos públicos, alegando ser “imprescindível” fazer “ajustamentos e melhorias”. No entanto, apontou o jornal diário, estas alterações são um passo atrás na transparência.

O PSD acrescentou que os titulares de cargos políticos e altos cargos públicos “podem autorizar a entidade responsável pela análise e fiscalização das declarações a aceder, por consulta directa, às bases de dados” da Autoridade Tributária, dos Registos e Notariado, da Segurança Social, do Banco de Portugal e do IGCP, “para fins de verificação das informações referentes aos rendimentos brutos, ao activo patrimonial e ao passivo, bem como a suprir oficiosamente, com base nas informações consultadas, os elementos incompletos ou incorrectos da declaração, dando disso conhecimento ao respectivo titular”.

Ou seja, a EpT terá de fundamentar o pedido a essas entidades se pretender confirmar dados. No entanto, se tiverem incompletos ou incorrectos, os políticos já não serão notificados para corrigir – na prática, é a entidade que preenche a declaração, o que pode significar a desresponsabilização do titular do cargo.

Citada pelo Executive Digest, Susana Coroado, investigadora de Ciência Política na Dublin City University e especialista em questões de transparência e combate à corrupção, indicou, no entanto, que a nova norma afigura-se uma “forma de desautorizar” a entidade, colocando nela a responsabilidade pelo completo preenchimento dos dados.

“Há sinais de que a transparência tem vindo a diminuir”, diz.

Com Executive Digest

Partilhe este artigo no Facebook
Twitter
COMENTÁRIOS
OUTRAS NOTÍCIAS