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REGIÃO

REGIÃO -
Público elege “Jardim do Diálogo” no Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima

O ‘Jardim do Diálogo’ foi o jardim mais votado pelo público que visitou a edição 2021 do Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima, realizado sob o tema ‘As Religiões nos Jardins’. O segundo mais votado é o jardim ‘Caixa de Pandora’ e tem assinatura italiana.


O jardim, da autoria da arquitecta paisagista da República Checa Magda Jandová, alcançou 34,6% das preferências do público, anunciou a autarquia.

A obra, explica a autora, representa “um símbolo de diálogo e respeito mútuo entre as diferentes religiões do mundo”.  O ‘Jardim do Diálogo’, como o mais votado, mantém-se na próxima edição do FIJ, em 2022 com o tema as ‘Alterações Climáticas’.

JARDIM ‘CAIXA DE PANDORA’

O segundo jardim mais votado com 13,9% é proveniente de Itália. ‘Caixa de Pandora’ é da autoria de três arquitectos: Sandro Del Lesto, Silvia Giuffrida e Martina Pappalardo, e reporta-nos para a parábola de Adão e Eva que “comeram o fruto proibido, renunciando para sempre ao Éden. Zeus havia confiado a caixa a Pandora, dizendo-lhe para deixá-la sempre fechada.

Porém, motivada pela curiosidade, Pandora desobedeceu a Zeus e, abrindo a caixa, libertou todo o mal do mundo. Antes de a caixa ser aberta, assim como para Adão e Eva, a humanidade vivia livre do mal, do trabalho e da discriminação: os homens eram imortais como os deuses. Depois de abrir a caixa de Pandora, o mundo tornou-se um lugar desolado, escuro e inóspito”.

JARDINS ESCOLINHAS

No âmbito do projeto o Festival de Jardins Escolinhas que acontece em simultâneo ao FIJ, o jardim mais votado pelo júri foi ‘Oração do Anjo da Guarda’, da autoria do Jardim de Infância de Brandara, Agrupamento de Escolas de Arcozelo, da educadora Gabriela Amorim.

SETE RELIGIÕES

“O jardim é dividido em sete espaços separados que representam as sete religiões mais amplamente difundidas em todo o mundo. Pode-se, assim, visitar o jardim islâmico, o jardim cristão, o jardim judeu, o jardim do taoismo, o jardim hindu, o jardim budista e o jardim étnico.

“Os jardins individuais são simplificações destinadas a cada projecto de jardim específico. Na realidade, cada estilo é muito mais complexo, no entanto, usamos apenas os símbolos principais, elementos básicos e vegetação única para demonstrar os diferentes estilos”, diz Magda Jandová.

“Existem paredes feitas de estacas de madeira que separam cada jardim. A característica importante é que essas paredes estão incompletas, de modo que os jardins não ficam estritamente separados. Isto pretende simbolizar as ideias e valores comuns compartilhados entre as diferentes religiões.

A parte central de todo o desenho deste jardim mostra um elemento que todas as religiões tinham ou têm em comum. A árvore sagrada. Podemos encontrar árvores sagradas em todo o mundo. Existem árvores que representam o símbolo da vida e também o símbolo da conexão entre Deus (Natureza) e um ser humano. Essas árvores foram elogiadas por seus aspectos espirituais, místicos e bioenergéticos. E também, havia a Árvore do Éden. Existem diferentes espécies de árvores sagradas, mas para o nosso jardim, escolhemos uma oliveira como símbolo de paz”, acrescenta.

“Outro elemento compartilhado por diferentes religiões é o local de contemplação sobre Deus. Cada jardim é composto por um local para sentar e pensar (orar) ou apenas relaxar com vista para a oliveira (paz). Cada estilo de jardim tem uma forma diferente de sentar que reflecte os costumes culturais específicos”, escreve a arquitecta checa na apresentação do jardim, construído em parceria com os Viveiros Adoa, de Vigo – Espanha, que asseguraram a concepção técnica.

“O Festival de Jardins Escolinhas tem assumido, cada vez mais, um papel determinante na promoção e sensibilização da comunidade escolar limiana para a arte dos jardins e para os problemas ambientais”, refere a autarquia.

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