A Rebelião Climática, um novo colectivo de activistas, exigiram “respostas colectivas que ponham a vida à frente do lucro” na concentração por justiça climática que decorreu no centro de Braga, naquela que foi a primeira iniciativa do grupo.
Alexandre Monteiro, activista da Rebelião Climática, lembrou, na iniciativa organizada pela Greve Climática Estudantil de Braga, que “as emissões de gases com efeito de estufa continuam a aumentar porque o lucro se está a sobrepor às nossas vidas e às vidas das gerações futuras”.
“Avança a destruição do planeta para que as petrolíferas e os grandes grupos económicos garantam os seus lucros”, concretizou Alexandre Monteiro.
Apelando à mobilização, o activista defendeu que “temos de exigir muito mais nos sítios onde vivemos, nos sítios onde podemos fazer a diferença. E isso quer dizer que temos de mudar o que se passa aqui em Braga, o que se passa no nosso distrito e na nossa cidade”.
“Todos passamos pelo pesadelo dos engarrafamentos em Braga. Os carros são os responsáveis pela maioria das emissões na cidade, poluem o ar e tornam a vida na cidade um inferno. Braga é para os carros ou é para as pessoas?”, perguntou.
Apontando soluções para tirar carros das ruas, o activista propôs que o município dê prioridade ao investimento em transportes públicos colectivos de qualidade e a uma rede de vias cicláveis segura que ligue toda a cidade.
“Vamos permitir que continuem a circular autocarros velhos e poluentes em Braga, em vez de autocarros eléctricos, acessíveis, confortáveis e que chegam a toda a gente? Vamos permitir que as nossas viagens de bicicleta para a escola e trabalho sejam perigosas, feitas no meio dos carros, porque não existe uma rede de ciclovias segura? Esta cidade é o paraíso dos carros e o pesadelo das pessoas. Exigimos mudanças ao executivo municipal. São as nossas vidas que estão em jogo”, finalizou.
Rebelião Climática adianta que vai organizar um ciclo de cinema em Braga sobre justiça climática que terá início no dia 21 de Abril, às 21h00, em local a anunciar.