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Restaurante de Terras de Bouro alerta para necessidade de apoio à restauração das zonas de baixa densidade

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O restaurante “O Abocanhado”, de Terras de Bouro, alertou esta sexta-feira para a necessidade de apoios aos espaços de restauração situados em territórios de baixa densidade, como é o caso do concelho terrabourense.

«Desde o início da pandemia Covid-19 que as empresas têm sigo gravemente afectadas pelas medidas restritivas que foram sendo impostas pelo Governo. O período de confinamento, aquando da primeira vaga, foi um verdadeiro teste à sobrevivência e, infelizmente, muitas foram as empresas que não o superaram», refere.

Em comunicado, a administração do restaurante, localizado na aldeia de Brufe, sublinha que para as empresas que «sobreviveram», os meses de Verão foram «vividos a tentar minimizar o tempo e o dinheiro perdido e a temer uma segunda vaga, ainda mais grave, como foi sendo anunciado».

«Embora que tão temida quão previsível, esta segunda vaga veio acompanhada de um conjunto de medidas restritivas que têm sido pautadas pela incerteza do melhor caminho a seguir para travar a propagação da pandemia e, em simultâneo, permitir que a nossa economia não estagne ou retroceda», aponta.

Para os administradores d’O Abocanhado, «o sector da restauração, que até ao início do ano 2020 representava uma considerável fatia do PIB em Portugal, sendo uma das maiores fontes de emprego do país, é agora o mais atacado pelas sucessivas medidas que vão sendo anunciadas».

«Os empresários têm sido forçados a reajustar-se de acordo com as obrigações impostas, como seja a redução da lotação máxima dos espaços para 50%, a obrigatoriedade de distanciamento mínimo entre mesas, a limitação do número de pessoas por mesa e a antecipação do horário de fecho. Tudo tem sido cumprido, com sacrifício», frisa.

SITUAÇÃO DELICADA

O comunicado acrescenta que este é um momento em que «os restaurantes assistem a uma redução contínua do número de clientes e do respectivo preço médio por cliente», o que faz com que a situação financeira, «cada vez mais frágil», seja «insustentável face à recém-aplicada medida de encerramento obrigatório pelas 13h00, nos dois próximos fins-de-semana de 14 e 15 e de 21 e 22 de Novembro, mas também face ao respectivo confinamento, nos concelhos considerados de alto risco de contágio».

«Respondendo ao imediato descontentamento do sector, que se vê assim impossibilitado de praticar o seu serviço de refeições e obter receita, o Governo apressou-se a apresentar uma medida de apoio aos espaços da restauração integrados nos concelhos sinalizados. Acontece que esta medida não afecta apenas os restaurantes presentes nestes concelhos, mas também em todos os demais concelhos que, embora não sendo de alto risco, se localizam em zonas de muito baixa densidade populacional, sendo os seus clientes oriundos dos concelhos em alto risco e que estão confinados a partir das 13h00 de sábado e de domingo», lembra.

O restaurante lembra que está situado numa pequena aldeia de Terras de Bouro, concelho que não está abrangido pelas medidas mais restritivas, mas que «a quase totalidade dos seus clientes provém dos concelhos do distrito do Porto, Braga e Guimarães, entre outros, actualmente considerados de alto risco».

«Isto significa que, dada a impossibilidade de circulação entre concelhos, o restaurante deixa de ter clientes, como já foi constatado no primeiro fim-de-semana de Novembro. Face a esta realidade, exige-se ao Governo que analise também a necessidade de apoio aos restaurantes que estão localizados fora das zonas de alto risco e com baixa densidade populacional, dado que, à semelhança dos demais, também não têm clientes. E sem receitas ver-se-ão igualmente forçados a despedimentos ou encerramentos», frisa.

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