O presidente da Câmara de Braga lamentou que, à semelhança do que acontecia, os autarcas agora não sejam ouvidos durante a preparação da 33.ª Cimeira Ibérica, que se realizou esta sexta-feira, em Viana do Castelo.
Em declarações à TSF, Ricardo Rio, que também ocupa a vice-presidência do Eixo Atlântico, que reúne autarcas do noroeste peninsular, afirmou que é importante “recolher aquilo que são as preocupações mais locais em relação à região onde a Cimeira vai ter lugar”, mas também “daquilo que é a perspectiva local que cada uma destas estruturas acaba por ter sobre as dinâmicas de cooperação entre os dois países a nível global”, afirmou.
Aos microfones daquela rádio, Ricardo Rio referiu que Eixo Atlântico “tem tomado várias propostas e posições políticas relativamente à necessidade de revisão do tratado de Valência, a estratégia ferroviária da península ibérica”, que, na opinião do autarca, são dimensões “que não são circunscritas à realidade mais próxima.
Com isto, o presidente do município bracarense considerou que a Cimeira Ibérica acabou por perder força, porque “seria um momento enriquecedor poder contar com essa interacção entre os agentes mais relevantes” de Portugal e Espanha.
SATÉLITES
Uma das decisões saída do encontro ente António Costa e o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, e os 18 ministros dos dois executivos, é o reforço das parcerias a nível científico através da construção de satélites e desenvolvimento de semicondutores.
“A criação da constelação atlântica e satélites entre Portugal e Espanha, que serão um instrumento fundamental para disponibilizar informação científica e para o conjunto da actividade económica; O desenvolvimento da fileira da microelectrónica e semicondutores para podermos contribuir para que a Europa recupere a autonomia estratégica e a utilização de um centro ibérico para investigação e armazenamento de energia, que é o irmão do Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia, em Braga”, afirmou o primeiro-ministro.