A ‘Domus’ da Escola Velha da Sé, em Braga, foi classificada como sítio de interesse municipal, segundo edital publicado esta segunda-feira em Diário da República.
O edital, assinado pelo presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, refere que aquele imóvel se encontra inserido em Zona de Protecção Arqueológica Urbana e integrado quer na Zona Especial de Protecção do Cruzeiro do Campo das Carvalheiras, classificado como Monumento Nacional, quer na Zona Geral de Protecção da Casa Oitocentista/Casa Pimentel, classificada como Imóvel de Interesse Público.
Por isso, “não se justifica a criação de uma zona especial de protecção” para a ‘Domus’.
Trata-se da antiga Escola da Sé, actual sede da União de Freguesias da Sé, Cividade e Maximinos.
As ruínas da antiga casa romana foram escavadas e estudadas, entre 1998 e 2003, no contexto de um projecto, promovido pelo Gabinete de Arqueologia da Câmara de Braga, de reformulação do programa arquitectónico do interior do edifício.
“Esta intervenção arqueológica identifica vestígios correspondentes a parte de uma casa romana, bem como estruturas associadas ao sistema defensivo medieval da cidade de Braga”, refere o município.
Pela interpretação dos vestígios arqueológicos, conclui-se que a casa romana (Domus) teve origem no século I, sofrendo entre o século III e inícios do século IV “profundas alterações”, sendo então dotada de um balneário privado, novos compartimentos e corredores, que foram revestidos com mosaicos de composição geométrica.