Sandra Cardoso sublinha a acção “decisiva” da Universidade Minho (UMinho) para a produção de conhecimento e para a qualificação das populações da região apesar do “subfinanciamento em que é obrigada a funcionar”.
A 1.ª candidata da CDU por Braga acusou os governos PS, PSD e CDS-PP de manter as instituições públicas de ensino superior “em situação de subfinanciamento, criando estrangulamentos ao seu funcionamento e desenvolvimento, colocando em causa os serviços prestados, o ensino de qualidade e a investigação científica”.
Esta conclusão confirma o que a coligação PCP/PEV tem reiteradamente denunciado publicamente.
A conversa com Rui Vieira de Castro, atesta, diz Sandra Cardoso, que as “verbas do OE transferidas para a UMinho não são suficientes sequer para cobrir as despesas com os salários, tendo a Universidade de recorrer a receitas próprias para pagar salários, manter instalações e pagar as despesas inerentes ao seu funcionamento”.
“Num contexto marcado pelo aumento do custo de vida e da inflação, a proposta de Orçamento do Estado para 2024 continua muito longe de contribuir para corrigir a situação actual, pelo que se antecipa desde já um agravamento das actuais dificuldades e o condicionamento da concretização de investimentos há muito identificados como urgentes”, aponta Sandra Cardoso.
ALOJAMENTO
Dentre estes investimentos está a questão do alojamento dos estudantes. A construção de novas residências em Braga e Guimarães, no sentido de corresponder “à necessidade gritante de alojamento” para os estudantes deslocados, foi outra questão abordada na reunião.
Segundo a candidata do PCP, no encontro foi apontado que “os investimentos previstos decorrem e dependem todos de fundos europeus e não resolvem de todo o problema da falta de camas”.
“A UMinho tem actualmente uma oferta total de cerca de 1.400 camas, entre Braga e Guimarães e a taxa de ocupação anual ronda os 100%. Em concreto, em Braga e Guimarães, ganha forma o negócio das residências privadas com anúncios de novas construções, num quadro de demora na concretização de soluções públicas”, denuncia.
Recordando que, com mais de 20 mil estudantes, a UMinho conta com perto de 6,000 alunos bolseiros, sendo uma das universidade do país com maior número de bolseiros, Sandra Cardoso afirma que “o reforço de financiamento da Acção Social é uma necessidade particularmente sentida e para a qual não tem obtido resposta”.
Em vésperas de comemorar o 50º aniversário, contados a partir da tomada de posse da sua Comissão Instaladora, a 17 de Fevereiro de 1974, a universidade minhota, frisa Sandra Cardoso, tem em “condições algo precárias em muitos aspectos, devido à situação de subfinanciamento em que é obrigada a funcionar”, contribuído “efectivamente de forma decisiva para a produção de conhecimento e para a qualificação das populações da região, bem como para o seu desenvolvimento económico, social e tecnológico”.
Além da cabeça-de-lista, a delegação do PCP/PEV integrou os candidatos Inês Rodrigues, Carmo Cunha e João Baptista, e António Joaquim, membro da comissão política da direcção nacional da Juventude Comunista Portuguesa.