O Instituto Superior de Saúde (ISAVE), em Amares, acolheu, esta segunda-feira, um seminário sobre “A Qualidade de vida e bem-estar ao longo do ciclo da vida”, orientado pela professora Maria José Ferreira. A iniciativa dirigiu-se a alunos e convidados e integra o curriculum do CteSP de Termalismo e Bem-Estar.
Segundo o princípio de que a «vida não é composta por grandes momentos», Maria José Ferreira assegurou que a «conjugação deles todos» é que faz com que esta seja «melhor ou pior», embora quase tudo assente em «relações e relações sociais de qualidade e no maior rendimento financeiro. As relações sociais exigem pessoas que sejam significativas para nós e para as quais nós sejamos significativos».
«PESSOAS FELIZES TÊM MELHORES RELACIONAMENTOS»
Sem haver uma relação de causa e efeito, há quem defenda que pode ser a felicidade que leva ao sucesso. Citando Lubomirsky e Laura King, Maria José Ferreira sublinhou que «pessoas mais felizes têm melhores relacionamentos e amizades mais duradouras, para além de carreiras melhor sucedidas e salários mais elevados».
Já citando Seligman, Maria José Ferreira destacou que felicidade é uma equação em que a genética é responsável por 50%, as circunstâncias da vida representam 10% e os factores que podemos controlar significam 40%, ou seja, uma parte substancial da qualidade de vida e do bem-estar está nas mãos de cada um.
Sabe-se, também, que a «idade não está relacionada com o declínio do bem-estar, porque os mais velhos sentem menos emoções negativas, dominam melhor o meio e a autonomia aumenta. Acresce que eles têm relações de melhor qualidade, regulam melhor as emoções e são mais selectivos nas suas relações, sem diminuir a sua auto-aceitação».
A professora Maria José Ferreira, que dinamizou um diálogo permanente com os participantes do seminário, terminou a sua intervenção com a exibição de um vídeo, «The good life», com Robert Waldinger.