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HOTELARIA -

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Sindicato denuncia que só um hotel no Gerês cumpre a tabela salarial

O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte fez um porta-a-porta nos estabelecimentos de alojamento, restauração e bebidas, visitando cerca de duas dezenas de hotéis, termas, restaurantes, cafés e similares, no Gerês, em especial no centro da vila, onde «constatou que apenas uma unidade hoteleira está a cumprir a nova tabela salarial e o Contrato Colectivo de Trabalho (CCT) em vigor».

«Como o CCT não era revisto há 7 anos, muitos trabalhadores estão a perder entre 35 e 80 euros mensais. Mas como muitos trabalhadores não recebem diuturnidades, subsídio de alimentação, abono de falhas, trabalho em dia feria e em dia de descanso semanal, os valores são muito superiores», denuncia.

Em comunicado, o sindicalista Francisco Figueiredo refere que «há empresas que nunca cumpririam a tabela salarial do sector, pagam o salário mínimo nacional no valor de 580 euros a trabalhadores com mais de 10 anos de antiguidade, sendo que o salário de base actual para estes trabalhadores é de 670 euros e por isso, só no salário de base, os trabalhadores perdem 90 euros mensais».

«São os horários imprevisíveis e infindáveis, os baixos salários e o não cumprimento da contratação coletiva que impedem a fixação de trabalhadores no sector», frisa.

O dirigente diz que «há um clima geral de impunidade» e critica a ACT – Autoridade para as Condições do Trabalho, que «deixou de actuar no sector e por isso é cúmplice desta situação».

O novo CCT do sector foi publicado a 22 de Junho de 2018 no Boletim do Trabalho e Emprego, com efeito desde Abril desse ano, tendo sido celebrado entre a Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo (FESHAT/CGTP-IN) e a Associação Portuguesa de Hotelaria Restauração e Turismo (APHORT).

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