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Sindicato dos médicos pede compreensão para “constrangimentos” das greves

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O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) apelou este sábado à compreensão dos portugueses para os “constrangimentos inevitáveis” das greves da próxima semana, alegando que “fez mesmo tudo” nas negociações com o Governo para as evitar.

O apelo consta de uma carta aberta aos utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) divulgada no dia seguinte à reunião negocial com o Ministério da Saúde e que terminou sem acordo, o que levou o sindicato a manter as greves anunciadas para os próximos dias.

“O recurso à greve é o resultado do total desinteresse do Governo em querer travar o descalabro do Serviço Nacional de Saúde” (SNS), salienta o documento intitulado “o que os nossos doentes devem saber”.

Após a reunião de sexta-feira, o SIM decidiu manter a greve nacional que vai decorrer entre terça e quinta-feira, assim como a paralisação de um mês que se inicia na segunda-feira dos médicos de família ao trabalho extraordinário, um protesto que o sindicato reconhece que vai afectar “muitas dezenas de milhar de consultas” nos centros de saúde.

Na carta aberta, a estrutura sindical liderada por Jorge Roque da Cunha lamenta os “constrangimentos inevitáveis” que vão provocar aos utentes, mas apela à sua “compreensão e solidariedade”, alegando que os “médicos fazem esta greve também para melhorar os cuidados de saúde dos portugueses”.

Segundo o secretariado nacional do sindicato, apesar de Portugal não ter falta de médicos, o Governo demonstra uma “incapacidade negligente” de os contratar para o SNS, que “não sobrevive sem milhões de horas extras e o esforço desumano” desses profissionais de saúde.

O sindicato adianta ainda que os médicos pretendem “salários dignos, adequados à sua formação e à responsabilidade da sua profissão, horários de trabalho humanos e tempo para ter uma família e se actualizarem cientificamente”, recusando o “regime de 52 horas de trabalho semanais proposto pelo Governo, porque isso põe em risco a segurança clínica”.

As negociações entre os sindicatos e o Governo iniciaram-se ainda em 2022 e deveriam ter terminado no final de Junho, de acordo com o calendário previamente estabelecido entre as partes, mas já se realizaram mais três reuniões posteriores, que terminaram sem acordo.

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