Há precisamente um século, em 10 de Dezembro de 1923, a obra de construção do edifício do Teatro Cinema de Fafe foi concluída, iniciando-se um caminho carregado de história.
A 10 de Janeiro de 1924 foi solene e dignamente inaugurado com a exibição da peça ‘O Grande Amor’ pela Companhia de Aura Abranches.
No mesmo ano, em 20 de Abril de 1924, foi introduzido o cinema mudo. O cinema sonoro apareceu em finais de 1932.
A sua arquitectura, beleza, luxo, comodidade e segurança para artistas e público tornaram o Teatro Cinema de Fafe num dos melhores e mais modernos teatros rivalizando com outras salas das grandes cidades.
As destacadas e elegantes companhias de teatro de Lisboa passaram pela “sala mais cobiçada do Norte e da província” – Lucília Simões, Amélia Rey Colaço, Maria Matos, Ilda Stichini, Chaby Pinheiro, Ester Leão, Cremilda de Oliveira, Rafael Marques, Palmira Bastos, Berta Bívar e Laura Alves.
Entre Dezembro de 1931 e Novembro de 1932 o Teatro Cinema esteve encerrado como retaliação do administrador local pela recusa do proprietário, José Summavielle Soares, em ceder a sala para acções de campanha política do Estado Novo. Ao contrário, o Teatro Cinema foi sempre cedido para espectáculos de beneficência e apresentações daas colectividades locais.
Nos anos 70 do século XX foi vendido a um particular. A sala encerraria por falta de condições de segurança em 1981. Seguiu-se um período crítico e a ameaça da demolição pairou sobre o Teatro Cinema originando um movimento cívico protector.
Em 2001 o município de Fafe adquiriu o imóvel e após um notável processo de reabilitação e recuperação, o Teatro Cinema de Fafe reabriu com todo o seu esplendor.