O município de Terras de Bouro tem em preparação o processo de aplicação de uma taxa turística de 1€ já em 2024. Além da elaboração de um Plano Estratégico de Mobilidade para o Parque e a obtenção do selo de Sustentabilidade e qualidade ambiental, surge a cobrança taxa turística, uma decisão já tomada, faltando agora a regulamentação, a que se segue a discussão pública.
Dando como exemplo as cidades de Braga e Viana do Castelo, que já cobram a taxa, o autarca explica que a Câmara, «sem IUC e IMI e derrama muitos reduzidos», «tem que se amarrar ao que é uma mais –valia», neste caso a marca Gerês. Além de que, segundo Manuel Tibo, o concelho, com 6.300 camas, tem já todas as condições para que se justifique a cobrança da taxa.
Referindo os «investimentos avultados», feitos no sector do turismo com recurso a fundos comunitários ou saídos do orçamento municipal, o autarca realça que «Terras de Bouro tem condições para a cobrança da taxa turística».
«Os miradouros estão beneficiados, as acessibilidades foram todas melhoradas, a recolha de lixo é feita pela Câmara, existe investimento na dinâmica turística, na promoção interna e externa do concelho e na abertura da época termal», enumera o autarca ao jornal ‘O Amarense & Caderno de Terras de Bouro’, recordando as melhorias no miradouro da famosa cascata do Tahiti.
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«Todo o valor arrecadado com a taxa turística será para investir exclusivamente no turismo»
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«Nesta área estamos completamente à vontade porque temos feito o nosso trabalho de requalificação e de valorização dos espaços», afirma. E frisa: «Não me sentiria bem criar uma taxa sem um mínimo de condições para oferecer a quem nos visita.»
Tibo reafirma o compromisso com os empresários, os hoteleiro e concessionários, as Juntas de Freguesia e o Executivo Camarário, que «todo o valor arrecadado com a taxa será para investir exclusivamente no turismo».
Sobre o valor a cobrar, diz que será «equilibrado» e «não exploratório», apontando para 1 euro.
Falta ainda decidir se a opção será por uma taxa única ou uma taxa que diferencie a época alta – o Verão – da época baixa. Pode mesmo passar por não haver cobrança no Inverno, quando a procura é mais reduzida, precisamente «para chamar mais gente até nós».