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Testes para estimar incidência da covid-19 na população já arrancaram 

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O Inquérito Serológico Nacional à Covid-19 que visa estimar a taxa de incidência da infecção pelo novo coronavírus na população residente em Portugal arrancou esta segunda-feira em todo o país, anunciou o Instituto Nacional Ricardo Jorge (INSA). Esperam-se os resultados em Julho.

Este inquérito de base populacional, que prevê a realização de cinco estudos epidemiológicos transversais, visa avaliar a presença de anticorpos contra o novo coronavírus (SARS-CoV-2) responsável pela covid-19 na população residente em Portugal e monitorizar a sua evolução ao longo tempo.

Em declarações à agência Lusa, a coordenadora do inquérito, Ana Paula Rodrigues, afirmou que “o trabalho de campo arranca hoje [segunda-feira] oficialmente” em todo o país e tem a duração de três semanas.

Para a sua concretização, serão seleccionadas 1.720 pessoas com 10 ou mais anos e 352 crianças até aos nove anos que recorram a um dos cerca de 100 laboratórios ou hospitais do Serviço Nacional de Saúde parceiros para a realização de análises laboratoriais de rotina.

Ana Paula Rodrigues, do Departamento de Epidemiologia do INSA, adiantou que será feita “uma monitorização muito apertada deste trabalho”, contabilizando diariamente quanto participantes já foram seleccionados para fazer “alguns ajustes ao trabalho de campo” de maneira a que seja concluído no prazo previsto.

O inquérito tem como principal objectivo “estimar a taxa de incidência da infecção na população na população residente em Portugal”, sublinhou.

“Pretendemos depois ter esta estimativa por grupo etário, por região de saúde de maneira a podermos compará-las entre si, e um outro objectivo que é estimar a proporção das infecções que terão sido assintomáticas ou com sintomas muito ligeiros, isto é, pessoas que tenham anticorpos contra o novo coronavírus, mas que não tiveram sintomas nos dois meses anteriores”, explicou.

Segundo a investigadora, a estratégia para selecção dos participantes já foi usada em inquéritos serológicos anteriores, como o realizado “às doenças evitáveis por vacinação”, em que as pessoas quando vão fazer análises ao sangue de rotina aos seus laboratórios são convidadas a fazer a colheita para participar neste estudo.

“A participação consiste em dar uma quantidade muito pequenina de sangue, sem implicar uma picagem suplementar, e a resposta a um pequeno questionário de saúde para referir se a pessoa teve sintomatologia sugestiva da doença nos dois meses anteriores”, adiantou.

Os resultados deste primeiro estudo, que se constitui também como o estudo piloto deste inquérito serológico desenvolvido pelos departamentos de Epidemiologia e de Doenças Infeciosas do INSA, devem ser tornados públicos ainda durante o mês de Julho.

Segundo o INSA, os estudos transversais subsequentes serão realizados cerca de cinco meses após o primeiro estudo e posteriormente de três em três meses até um ano (total de quatro estudos), podendo estes trabalhos de investigação ser ajustados de acordo com o curso da epidemia de modo a responder às necessidades de informação de cada momento.

A informação e as amostras recolhidas são codificadas no momento da recolha de modo a que os dados partilhados e divulgados não permitam a identificação individual do participante.

A participação no inquérito não tem qualquer custo para os participantes, que podem ter acesso aos seus resultados caso assim o entendam, refere o INSA, que processa todas as amostras.

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