O apelo começou a ser feito nas redes sociais e, como sublinha o Movimento, tem por objectivo exigir que “não sejam outra vez os mesmos a pagar a crise”. Pede à população um protesto ruidoso até (pelo menos) sexta-feira, sempre às 19h00.
O Movimento ‘Todos à janela ‘considera que se está a assistir a uma “avalanche sem precedentes e ataques aos direitos dos trabalhadores” com despedimentos, lay-off e cortes nos salários.
“O tecido da comunidade são as pessoas e neste momento quem está em risco e desprotegido e a ver o sistema viciado em que vive há décadas são as pessoas de rua”, diz Joana Manuel, uma das porta-vozes, à TSF.
O Movimento sugere cinco medidas que deveriam ser postas em prática: a proibição de despedimentos, a interrupção de cobrança de água, luz e telecomunicações, a devolução do dinheiro entregue pelo Estado à Banca de forma faseada, a suspensão das rendas habitacionais e do comércio tradicional e o impedimento do uso de verbas da Segurança Social.
Este movimento considera que é tempo de ouvir quem trabalha: “Não estejam sozinhos em casa, no seu isolamento a pensarem que são a única pessoa que está em teletrabalho, a pagar a água, luz e gás do seu bolso quando essas despesas não são cobradas à empresa”, diz Joana.
Ou então, “a pessoa que está em lay-off e não sabe se voltará a trabalhar, o artista que teve tudo cancelado e não sabe como vai comer para a semana”.
O ‘Todos à Janela’ sublinha que as pessoas não podem pensar que “está a acontecer só a elas”. Elas são a maioria.
Por isso, nas redes sociais fazem o apelo para que as pessoas não fiquem dentro de casa e mostrem o seu descontentamento. “Todos à janela, com tachos e panelas, vozes e apitos e tudo o que mais houver, às 19h00, todos os dias, para já entre esta segunda e sexta-feira”, desafia Joana Manuel.
Caso o estado de Emergência seja prolongado, o protesto promete continuar.