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BRAGA

BRAGA -
Trabalhadores de ‘call center’ em Braga queixam-se de pressões e assédio laboral

Os trabalhadores do ‘call center’ de Braga da Concentrix “estão a rebentar, do ponto de vista psicológico”, fruto de pressões e assédio laboral, e exigem “um apoio mais significativo” na área da saúde mental.

Em declarações à Lusa, Nuno Geraldes, do Sindicato dos Trabalhadores de Call Center (STCC), explicou que, neste momento, “a única coisa que existe é um seguro de saúde, que não resolve, de todo, o problema”.

“Os trabalhadores vão ao médico e o que este lhes diz é que o remédio é mudarem de emprego, porque se continuarem ali não há medicamento que os cure”, referiu.

Esta quinta-feira, os trabalhadores daquele ‘call center’ iniciaram uma greve de 16 dias, face à ausência de “resposta satisfatória” da empresa às principais reivindicações que apresentaram.

Uma dessas reivindicações é um maior apoio em termos de saúde mental.

“As pressões são muitas, o assédio laboral é enorme, os ataques de pânico são constantes e os trabalhadores estão a rebentar, do ponto de vista psicológico”, sublinhou Nuno Geraldes.

Os trabalhadores reclamam ainda a implementação de escalões salariais, o aumento do subsídio de alimentação para os 9,6 euros e uma maior rotação nos horários de fecho e folga aos fins de semana, “para que não toque sempre aos mesmos”.

Querem ainda que lhes seja dada a possibilidade de gozarem dias de folga consecutivos, o que atualmente não acontece.

Nuno Geraldes explicou que o aviso de greve se prolonga até 15 de dezembro, sendo que os moldes do protesto “irão sendo definidos e ajustados dia a dia”.

“Não podemos castigar em demasia os bolsos dos trabalhadores”, referiu.

O sindicalista refere que os trabalhadores em causa são contratados por duas empresas de trabalho temporário.

A greve, acentuou, foi o meio encontrado para fazer ouvir a voz dos trabalhadores, depois de os patrões não terem dado resposta às suas reivindicações.

“Esta greve não é apenas uma manifestação de insatisfação, mas sim uma ação coordenada e determinada dos trabalhadores em busca de melhorias concretas em suas condições laborais”, sustenta o sindicato.

A Lusa tentou ouvir a Concentrix Braga, mas ainda sem sucesso.

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