A tradição do ‘Bife da Páscoa’, que é retomada este sábado, deveria celebrar 32 anos, mas a covid-19 subtraiu dois anos ao repasto, só para homens, este ano em menor número, 450, também por causa da pandemia. Depois dos sacrifícios da abstinência da Quaresma, cada participante tem à sua espera cerca de um kg de bife da vazia.
“Costumávamos juntar entre 560 e 580 homens no almoço do bife da Páscoa, mas este ano, vamos reduzir um pouco, para as 450 pessoas, não só para não termos tanta gente junta, como também pela dificuldade que estamos a sentir em arranjar a carne. Tem sido o maior problema tem sido arranjar os bifes”, afirmou Eugénio Cerqueira esta quarta-feira à Lusa.
Um dos responsáveis pela organização do evento ‘Os Amigos do Bife’ afirmou que “não tem sido nada fácil conseguir arranjar 450 quilogramas de carne” para o almoço que vai ser servido, no sábado de Aleluia, num restaurante em Santa Marta de Portuzelo, Viana do Castelo.
“Além da dificuldade do fornecedor em arranjar a quantidade de carne que precisamos, 450 quilogramas, cerca de um quilograma por cada homem, o preço também disparou e muito”, destacou Eugénio Cerqueira.
O aumento do número de casos de infecção pelo novo coronavírus, registado a partir de Janeiro, deixou a organização “muito reticente” quando à realização do evento, sendo que “a decisão de avançar foi tomada há cerca de um mês”.
A tradição ‘Amigos do Bife’, “teve a sua origem há 32 anos na freguesia de Cardielos, com um grupo de sete companheiros”.
“Ao longo dos anos, o número de participantes foi aumentando, e houve a necessidade de recorrer a um espaço maior, na freguesia de Santa Marta de Portuzelo, Viana do Castelo”.
Depois dos sacrifícios da abstinência da Quaresma, os participantes têm à sua espera cerca de 500kg de bife da vazia.
Naquele ritual, a presença de mulheres não é permitida “a não ser para cozinhar e servir à mesa” ou então, “integradas nos grupos que garantem a animação” da iniciativa.
A animação da 30ª edição do ‘Bife da Páscoa’ é garantida por Augusto Canário e Amigos e pela Banda do Galo de Barcelos.
LEGENDA: Edição de 2019/Foto Sons do Minho